No âmbito da operação Honoris Criminis, dois advogados em Goiás foram condenados por ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Amigos do Estado (ADE). Um advogado recebeu uma pena de 6 anos e 5 meses de reclusão, além de 35 dias-multa por integrar o PCC. O outro foi condenado a 8 anos e 8 meses de prisão e 66 dias-multa por envolvimento com ambas as organizações e lavagem de dinheiro relacionado a um imóvel adquirido com dinheiro do tráfico de drogas. Ambos foram absolvidos do crime de receptação, mas o Ministério Público recorreu dessa decisão. Os advogados também pretendem recorrer das sentenças.
Os advogados condenados realizavam atendimentos em presídios para transmitir recados entre membros das facções. Um deles foi inserido no departamento Sintonia dos Gravatas, servindo como elo de comunicação entre faccionados presos e a Sintonia Fora do Ar na Região Sudeste, incluindo Goiás. Ele recebia e transmitia mensagens conhecidas como “bate-bola de saída”, agendando atendimentos e comunicando-se diretamente com os detentos.
O segundo advogado atendia membros do PCC e ADE no Presídio Especial de Planaltina, facilitando a troca de recados e colaborando em interesses ilícitos. Suas ações incluíam a coordenação de motins para influenciar a rotina das prisões em Goiás. Além disso, ele participou da transferência de um imóvel comercial em Pirenópolis, comprado com dinheiro do tráfico, para seu nome a pedido de um integrante do PCC. (Por Vander Lúcio Barbosa – @vanderlucio.jornalista)
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