Dentro de duas semanas, aproximadamente, a empresa responsável pela construção do Aeroporto de Cargas deverá iniciar a colocação de massa asfáltica na pista. A informação foi repassada pelo superintendente do Porto Seco Centro Oeste, Edson Tavares, durante palestra ministrada na reunião do Rotary Clube Anápolis Oeste, na última terça-feira, 17, na Churrascaria Caiçara. O encontro, com a presença de empresários, profissionais liberais e formadores de opinião filiados ao clube de serviço, teve como tema central “A integração da Logística Multimodal em Anápolis”.
Para Edson Tavares, a implantação do Aeroporto de Cargas irá mudar o perfil econômico de Anápolis. Ele informou – sem revelar o nome – que um grande grupo alemão, controlador de oito aeroportos – já fez sondagens acerca do projeto e demonstrou interesse e demonstrou interesse por investimentos em Anápolis. Conforme observou, a conclusão da pista é apenas uma fase de um projeto, sendo que outras etapas virão a seguir, como a definição da modelagem de operação e a abertura ao capital privado para as operações dentro do aeroporto. Tavares salientou que já há muitas empresas interessadas em operarem a sua logística através do Município. O que, segundo disse, demonstra a importância desse projeto, que é tocado pelo Governo do Estado.
A pista do Aeroporto de Cargas, segundo informações da assessoria do Governo, foi projetada para receber qualquer tipo de aeronave de carga, tendo a mesma, três quilômetros de comprimento no sentido norte-sul, 45 metros de largura, mais faixas de acostamento de 7,5 metros de cada lado, além de uma aérea de escape de 150 metros de um lado e de outro, totalizando 300 metros a fita de aproximação da pista. A capa asfáltica terá 12 centímetros de espessura.
O projeto
Outro ponto ainda mais relevante, citou o superintendente do Porto Seco, é que o Aeroporto estará “conectado” com a Plataforma Logística que, por sua vez, terá passando por Anápolis a Ferrovia Norte-Sul, fazendo ligação com a Ferrovia Centro Atlântica por meio de bitola mista (larga e estreita), o que permitirá operações de movimentação de mercadorias para os portos da região Sudeste, por exemplo, como o Porto de Santos, e da região Norte, como o Porto de Itaqui, no Maranhão, além da integração com outras malhas, tornando Goiás ainda mais competitivo no mercado.
Edson Tavares observou que, hoje, o Porto Seco detém o maior terminal algodoeiro da América Latina, além de um terminal de minérios em parceria com a Yamana Gold e empresas de diversos segmentos que fazem as suas movimentações por Anápolis, como a CAOA/Hyundai; Ambev; SAMA, Axyon e Jalles Machado. Este é um fator, também, preponderante para que os projetos macroestruturantes como o Aeroporto de Cargas e a Ferrovia, tenham uma condição operacional boa, atraindo outros grupos para fazerem a logística de distribuição a partir do Município, que está estrategicamente localizado no centro do País, sendo que num raio de mil quilômetros de circunferência, atinge a um público consumidor de aproximadamente 137 milhões de pessoas. Conforme disse, estão em andamento as obras para a implantação do pátio de manobras, que vai fazer com que a ferrovia “opere de forma inteligente”, pontuou, lembrando que Anápolis, por muito pouco, não ficou apenas como um simples ramal. “Felizmente, a Valec percebeu o potencial que temos e foi possível trazer este pátio operacional, que segundo a ministra Mirian Belchior (Ministra do Planejamento), deverá ficar pronto até abril do próximo ano”.
“Tudo isso representa maior geração de empregos, renda e divisas”, pontuou, acrescentando que nos últimos 13 anos, o orçamento de Anápolis cresceu em torno de R$ 800 milhões, parte desse crescimento advindo das arrecadações do IPI, ICMS, ISS, dentre outros, que compõem o Fundo de Participação do Município (FPM).
Expansão
Durante a palestra, vários membros do Rotary fizeram questionamentos. Um deles, referente ao processo de expansão do Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA), para assegurar a expansão do setor. Edson Tavares foi informado pelo agrimensor Wilson Clemente, autor de um estudo topográfico que foi apresentado durante seminário econômico realizado pela Rádio Manchester em parceria com a ACIA, apontando a existência de 800 hectares que poderiam ser adquiridos para a expansão do DAIA. O superintendente do Porto Seco ponderou que o Governo tem interesse e que o estudo é importante e defendeu, ao mesmo tempo, que os municípios ao redor de Anápolis como Gameleira, Leopoldo de Bulhões e Silvânia sejam integrados, como numa zona metropolitana, para se beneficiarem do desenvolvimento trazido pelo Município.
Força
O presidente do Rotary Clube Anápolis Oeste, Vander Lúcio Barbosa, ressaltou que a palestra trouxe informações importantes e que, através dos seus membros, formadores de opinião na sociedade, é uma força a mais para que seja cobrada maior rapidez na execução dos projetos que, reconheceu, vão, de fato, trazer uma grande mudança na economia local. Também fizeram uso da palavra na reunião os rotarianos André Luiz Ignácio de Almeida, Sidney Pontes, Givaldo Ribeiro, Munir Caixe e Pedro Paulo Caiado Canedo, todos ressaltando a importância dos projetos apresentados. Participaram, ainda, como convidados, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Agricultura, Air Ganzarolli e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Anápolis, Luiz Medeiros Pinto.
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