Com 48 anos, técnico esteve por último no Nacional, do Amazonas
Natural de Anápolis, Alan George pode não ter o devido reconhecimento em sua cidade natal, embora tenha passagens pelo Galo e pela Rubra. Mas o treinador de 48 anos tem colhido frutos treinando equipes do Norte, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Seu último trabalho foi em Manaus, onde levou a tradicional equipe do Nacional até as semifinais do Amazonense.
Com uma sólida campanha, acumulando 11 pontos em oito jogos, Alan conseguiu levar o maior campeão amazonense até o mata-mata da competição. Lá, não encontrou vida fácil, mas auxiliou a equipe a avançar às semis, depois de deixar o Clipper pelo caminho. A saga do Nacional, no entanto, parou no Manaus, que viria a ser o campeão do Amazonense.
“Graças a Deus fizemos um trabalho com muita dedicação e comprometimento de toda comissão técnica, atletas, funcionários e diretoria durante esses quatro meses de Campeonato Amazonense. Foi uma competição difícil, aonde conseguimos chegar até a semifinal”
Ponderou Alan George sobre o desempenho da equipe.
Apesar da despedida não ter sido a melhor possível, já que o Nacional não disputa mais competições na temporada, o saldo acabou como positivo em um período em que as incertezas predominam, seja no futebol ou outro âmbito. Depois de sua segunda passagem pela equipe amazonense (a primeira havia sido em 2016) Alan George aguarda propostas para dar sequência neste segundo semestre.
Passagem heroica pelo Galo e consistência na base
A torcida do Galo da Comarca tem boas e recentes recordações da capacidade de Alan George. Apesar de outra passagens como treinador e assistente técnico do Anápolis, e até mesmo pelo rival Anapolina, foi em 2017 que o comandante se destacou pela cidade.
Durante a Série D daquele ano, o Galo começou mal a competição acumulando somente três pontos em quatro partidas disputadas, sendo duas no Jonas Duarte. A demissão do então treinador Ramon Menezes serviu para Alan assumir o posto, restando mais dois embates para tentar garantir a vaga à próxima fase.
Diante de Comercial, em Campo Grande, e Ceilândia, no Jonas, o Anápolis fez seu dever e carimbou duas vitórias: 3 a 2 e 2 a 0. Os seis pontos acabaram por não serem suficientes para o Galo da Comarca prosseguir na competição, já que dependia de uma combinação de resultados nas últimas rodadas.
A campanha, no entanto, deu respaldo para Alan George seguir no clube, comandando o sub-19 do Galo ainda naquele mesmo ano. Com a moral em alta, os comandados do treinador se tornaram os primeiros de Anápolis a se sagrarem campeões de uma competição de base da Federação Goiana de Futebol.
Enfrentando o Raça, de Goiânia, o Galo conseguiu levar a melhor na decisão da Copa Goiás Sub-19 da 2ª Divisão e levantou o caneco ao fim das duas partidas. Méritos para o treinador e para a equipe, que além do título, conseguiram a melhor defesa entre os times da competição.
Confira: Brecado pela pandemia, Motor Meeting planeja acelerar novamente!
As boas campanhas com as categorias de base seguiram para o anapolino, que comandou o sub-17 do Atlético Goianiense em 2020. No Dragão, Alan chegou perto de garantir mais um caneco no Torneio FGF da categoria, perdendo na decisão para o rival Vila Nova, por 3 a 1. O ano também serviu para o treinador se aprimorar, concluindo o Curso Licença B da CBF: “Me ajudou muito a enriquecer meu crescimento na carreira e me deixar mais qualificado para exercer a função”, completou.
Título do Grêmio Anápolis
Como bom anapolino, Alan comemorou a ótima campanha da Raposa, que culminou com o título estadual inédito. Para o treinador, que acompanhou alguns embates do GEA comandado por Cléber Gaúcho, a conquista pode servir para impulsionar as outras equipes da cidade de maneira saudável.
“Fiquei muito feliz pela conquista do Grêmio Anápolis. Eu acompanhei vários jogos das nossas equipes (de Anápolis) durante o Campeonato Goiano. Além do trabalho do Cleber Gáucho, e toda sua equipe, com planejamento e uma regularidade fez com que conseguissem um título Histórico para nossa cidade. Quando vejo um Atleta como Ronald, que tinha sido campeão no Atlético sub 20, ser campeão no profissional no Grêmio é gratificante de saber que jogadores novos vão construindo sua história. Torço muito para que Anápolis e Anapolina sigam esse caminho e possam chegar a serem campões. São duas equipes que tenho muito respeito e consideração por ter jogado e trabalhado em várias funções por vários anos da minha vida nessas duas equipes”
Alan George
