Altos e baixos de nossas vidas

Por Vander Lúcio Barbosa

Vivemos ciclos, em todos os sentidos.

Acordamos dispostos, vamos nos cansando ao longo do dia e, finalmente dormimos, para acordar recompostos novamente. Embora não sejam regulares, vivemos ciclos de humor e disposição psicológica. Vamos nos cansando de certas situações, nos estressando, nos decepcionando, nos irritando, nos entristecendo até que as lágrimas escorrem pelo rosto. Aí somos consolados, por alguém, ou por Deus e a esperança traz de volta a paz e a possibilidade de recomeçar.

E recomeçamos.

Sempre recomeçamos e sempre é possível recomeçar. Vivemos uma fase difícil, imprevisível, que é a de enfrentamento ao novo coronavírus. Uma época em que empregos estão sendo perdidos, rendas estão desaparecendo, vidas estão sendo perdidas, equívocos estão sendo cometidos, mentiras estão sendo contadas, dinheiro está sendo roubado, e dinheiro da indústria farmacêutica multiplicado.

As más notícias não param.

Mas elas não são páreo para a esperança. A esperança nos dá certeza de que tudo isso vai passar. Que os empregos serão recuperados, o dinheiro roubado devolvido e os (ir) responsáveis presos, que a cura ou vacina será descoberta, e que as boas notícias voltarão a ser divulgadas. A esperança é a grande força motriz da humanidade. Tudo o que temos a fazer é seguir em frente, segurar as pontas, aguardar, até que essa tempestade passe.

E vai passar.

Não há solução ou consolo no desespero, na raiva, na ansiedade ou na angústia. Tanto o problema que tem solução, quanto o que não tem, não são merecedores de preocupação. Os números mostram que a doença chegou forte e está entre nós. Não dá pra fugir. É necessário lutar. Mas não entre nós. Lutar contra a ignorância, a intolerância e que os governos possam fazer bem a parte deles, assim como cada um possa também fazer bem a sua parte.

E tomara que façam, e que façamos logo!