Uma Noite de Estrelas
A cerimônia, realizada no Restaurante Coco Bambu ocorreu na noite desta terça-feira, 17 de novembro, contou com a presença de grandes ídolos da Anapolina, como Sávio, Ney Ladeira, De Paula, Gildeone, Sidney, Leo Goiano e Esquerdinha. Em um discurso emocionado, Sávio, um dos jogadores mais emblemáticos da história do clube, declarou: “Anapolina é o time do meu coração. Eu e a Rubra temos uma química, e o que eu puder contribuir para a SAF, não medirei esforços. Moro hoje em Santa Catarina, mas Anápolis também é a minha cidade.” Sávio destacou ainda a honra de ser cidadão anapolino, título concedido pela Câmara Municipal.
Ney Ladeira, que também jogou ao lado de Sávio, expressou otimismo com a nova estrutura do clube: “Acredito que a Anapolina, com a SAF, vai resgatar o orgulho do torcedor da Xata. A presença da velha guarda e dos aficionados pela Rubra vai voltar a encher e fazer vibrar o Estádio Jonas Duarte.”
O Papel dos Torcedores
Fernando Aguiar, investidor e presidente da nova SAF Anapolina, enfatizou a importância dos torcedores nesse novo capítulo: “Acima de tudo, a Anapolina são os torcedores. Sem eles, não somos nada. Temos que ter apoio dos dirigentes, ex-dirigentes, da nova e velha guarda da torcida Rubra. Estaremos trabalhando afinados com a torcida. Precisamos da imprensa, dos empresários da cidade, de patrocínios.”
Os presidentes da Anapolina e da SAF Anapolina Fernando Aguiar e Fernando Correia, estenderam ainda aos empresários Arnaldo de Pina e Luis Felipe de Pina, da Construtora Engecom, “principal patrocinadora da Anapolina atualmente, cuja contribuição é vital para o sucesso da SAF, lembraram os dirigentes”.
Apoio de Ex-Presidentes e da FGF
Vários ex-presidentes da Associação Atlética Anapolina, incluindo Edmilson Torquato, Pedro Canedo, Leandro Ribeiro, Fred Paraíba, Fred Godoy e Ruiter Silva, marcaram presença na solenidade.
O apoio também veio da Federação Goiana de Futebol (FGF), com a presença do presidente André Pita, que declarou: “A Anapolina é um time tradicional, de grande nome e enorme torcida. Vai subir em 2025 para a divisão de elite do futebol goiano, isso é certo, eu acredito. O processo que está sendo desenvolvido pela SAF Anapolina não tem como dar errado”
Rumo ao Futuro
Em entrevista exclusiva ao portal e jornal CONTEXTO, o presidente da Anapolina, Fernando Correia, explicou que a adoção do modelo SAF busca criar novas possibilidades de receita. “Com a SAF, a operação do futebol do clube pode ser vendida para terceiros, gerando recursos para quitar o passivo que o clube possui. A associação não tem capital dividido em ações e não pode alienar e fazer com que investidores comprem ações dos clubes. A SAF pode, pois, a ideia original é receber investimentos”, elucidou.
Correia destacou que a legislação sobre a SAF oferece mecanismos eficazes para a quitação de dívidas, com prazos prolongados e instrumentos de pagamento. “Esse modelo é muito atraente porque com o valor que recebe do investidor, o clube vai encontrar perspectivas de sanear suas dívidas em um determinado tempo sem inviabilizar a gestão”, completou.
Planejamento e Desafios
O processo de transição da Anapolina para SAF foi meticulosamente planejado, estabelecendo contratos claros sobre direitos e deveres das partes envolvidas. O cronograma inclui investimentos na estrutura física e nas categorias de base, mirando o acesso e o título do Campeonato Goiano da Divisão de Acesso de 2025.
Os principais benefícios esperados incluem o pagamento total do passivo da Anapolina, centralização das dívidas e recuperação judicial. Um investidor já foi identificado e será apresentado, Fernando Moreira Santana Aguiar, responsável por capitais fundamentados no novo estatuto do clube.
Relacionamento com a Torcida
Em relação aos impactos da transformação jurídica, Fernando garantiu que não haverá prejuízos à gestão interna do clube. “Estamos todos interligados e trabalhando em conjunto para a reconstrução de uma nova história promissora para a nossa gloriosa Rubra”, destacou, reforçando a boa relação com o investidor e os membros da Anapolina SAF.
A Anapolina busca manter e fortalecer o relacionamento com seus torcedores durante e após a transição. “Nosso maior patrimônio é a nossa gigante torcida. Faremos questão de mantê-los próximos do clube”, afirmou Correia. A criação do sócio torcedor visa permitir que torcedores de todas as classes contribuam financeiramente para o clube.
Compromissos Legais e Expansão
Sobre as exigências legais e regulamentares, o clube está lidando com profissionalismo. “Já estamos colhendo frutos de um trabalho feito com muito profissionalismo na base do clube”, comentou Correia. A Anapolina já deu entrada na Federação Goiana de Futebol, e a próxima etapa é a homologação na CBF, oficializando a transformação em Anapolina SAF.
Origem e Tradição
Conforme informações da Wikipédia, a Associação Atlética Anapolina é um clube brasileiro de futebol, com sede em Anápolis, Goiás, cidade com 415.847 habitantes. Suas cores são vermelha e branca, e a Anapolina tem a maior torcida do interior goiano, destacando-se a T.O.R (Torcida Organizada Rubra), fundada em 1979, que acompanha o time em todos os jogos.
Fundada em 1º de janeiro de 1948, a Anapolina originou-se a partir do Anápolis Sport Club. O clube é carinhosamente denominado Rubra, pela cor do uniforme, uma homenagem ao primeiro time de futebol de Anápolis, o Bahia Futebol Clube, ou ao América-RJ, conforme uma versão. O apelido Xata vem da época do amadorismo, quando, apesar de montar equipes fracas, o clube surpreendia com vitórias contra adversários mais fortes.
Glórias e Conquistas
Em 1981, a Anapolina conquistou o vice-campeonato do Brasileirão Série B, perdendo para o Guarani (SP). O clube também conquistou o título goiano, mas perdeu para o Goiás no “tapetão”. Em 1982, ficou em 11º lugar no Campeonato Brasileiro Taça de Prata (Série B), sendo desclassificada nas oitavas de final pelo São Paulo. Em 1983, foi vice-campeã goiana novamente, perdendo para o Goiás.
Entre 1984 e 2005, a Anapolina enfrentou altos e baixos, participando de várias edições do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Goiano, mas também sofrendo rebaixamentos. Em 2012, foi rebaixada para a Segunda Divisão do Campeonato Goiano, e em 2013, foi campeã da Divisão de Acesso. Nos anos seguintes, enfrentou dificuldades, mas manteve-se firme.
Junte-se aos grupos de WhatsApp do Portal CONTEXTO e fique por dentro das principais notícias de Anápolis e região. Clique aqui.
Leia também: “Influenciadores” lucram com discursos de ódio contra mulheres. Entenda