Aceleração da industrialização e ampliação da ALA 2 (Base Aérea) formam o cenário de mais uma etapa na história do desenvolvimento do Município. E a história segue, junto com os novos desafios para o futuro

A cronologia histórica mostrada nesta edição do Jornal CONTEXTO aponta que o Município passou por ciclos importantes, a começar pela colonização, com as dificuldades daqueles que se aventuraram a morar, trabalhar e constituir famílias em um local distante. Mas, a visão dos pioneiros estava certa e Anápolis, emancipada no dia 31 de julho de 1907 começou a traçar o seu destino em relação ao progresso.
No princípio, a atividade agrícola predominou, sobressaindo-se o arroz e o café, que por aqui eram, também, beneficiados. A Cidade, nesta primeira fase de crescimento, após a emancipação, teve a importante participação das colônias de imigrantes, principalmente, os sírio-libaneses e japoneses.
A ferrovia, que chegou em 1935, abriu caminho para o sonho da industrialização, que somente se materializou em 1976, com a inauguração do Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA). No começo ainda da década de 70, o Governo Federal, sob o binômio “Ordem e Progresso”, instalou a Base Aérea, transformando o Município em Área de Interesse da Segurança Nacional.
O DAIA levou quase 10 anos para, efetivamente, receber empreendimentos. O que só veio a acontecer graças à política de incentivos fiscais que foi adotada na época, no Governo Iris Rezende, com o Fomentar e, posteriormente, ampliada, no Governo Marconi Perillo, com o Produzir.
Indústria
O final da década de 90 foi um marco importante, com a implantação da Universidade Estadual de Goiás e do Porto Seco Centro-Oeste. A partir daí, surgiu o Polo Farmacêutico, hoje um dos maiores do País e de referência internacional. A Cidade, também, ganhou uma montadora de veículos, através do Grupo CAOA, que trouxe a marca sul-coreana Hyundai e, hoje, opera, também, com a marca Chery, da China.
Nas décadas de 60 e 70, não precisávamos mais de uma mão para contar o número de prédios que havia em Anápolis, todos no setor central. Hoje, eles são centenas, espalhados em várias regiões, sobretudo, no Jundiaí.
Na década atual, Anápolis se firmou como polo industrial, como polo educacional e como polo de saúde de referência.
Nos últimos anos, entretanto, a falta de área no DAIA e mudanças contínuas na política de incentivos, aliando-se a isso a forte concorrência de outros municípios, como Aparecida de Goiânia, Catalão e Rio Verde, o processo de industrial desacelerou. Há alguns anos, a Cidade não recebe um empreendimento de grande porte, em que pese o fato de muitas indústrias no DAIA estarem ampliando a capacidade produtiva.
Agora, recentemente, o governador Ronaldo Caiado entregou uma parte da área da Plataforma Logística para que novas empresas possam se instalar no polo fabril.
Gargalos
Natural de uma cidade que se desenvolve rapidamente, Anápolis tem os seus gargalos: na área de saúde, por atender a um grande número de pacientes de outros municípios goianos e, até, de outros estados; sofre também com a questão do trânsito, haja vista o fato de não haver sido planejada; sofre, atualmente, com a deficiência no suprimento de energia elétrica e, ainda, com um pouco menos de intensidade, com a falta de água.
Há, também, gargalos criados por projetos estaduais que não se concretizam, como a Plataforma Logística e o Aeroporto de Cargas.
Também, se enquadrava neste rol a Ferrovia Norte Sul. Mas, ao que tudo indica, finalmente, ela ficará operacional após a sua privatização, ocorrida recentemente, no Governo Bolsonaro. Pelo menos, é o que se espera.
Recentemente, inclusive, foi anunciado que Anápolis irá abrigar o Centro de Excelência em Tecnologia Ferroviária, que será um centro de pesquisa avançado neste setor. A intenção é que o projeto, que só tem similar nos Estados Unidos, ocupe uma parte do Centro de Convenções, dando, enfim, uma destinação concreta para o local.
Aviões

A ALA 2 (Base Aérea) já recebeu as modernas aeronaves KC-309, fabricadas pela Embraer, com alta tecnologia embarcada. E, agora, a expectativa é que ainda este ano, cheguem na unidade as primeiras unidades do caça Gripen, fabricado pela SAAB, da Suécia. A Base Aérea de Anápolis, dessa forma, se consolidará como a mais importante unidade da Força Aérea Brasileira.
Gestão
A gestão Roberto Naves tem contribuído com o resgate social, econômico e político de Anápolis. E com atenção especial ao setor da saúde. Com isso, a população tem acesso a um atendimento mais digno e de melhor qualidade.
Durante a pandemia, Anápolis deu exemplo para o Brasil ao receber os repatriados de Wuhan-China, na Base Aérea/Ala 2.
O Município também se tornou referência no enfrentamento da crise sanitária, ao criar uma estrutura própria para atender os pacientes acometidos pela Covid-19.
Novos horizontes, portanto, se abrem para a Manchester Goiana, que tem tudo para se manter como uma grande locomotiva do desenvolvimento de Goiás e do Brasil.


