Dados da Secretaria Estadual de Saúde apontam redução de notificações da doença e não há registro de óbito. Porém, cuidados devem ser mantidos
O Município de Anápolis entrou no mês que encerra o primeiro semestre do ano, sem registro de óbito por dengue e suas complicações. É o que mostra o boletim epidemiológico da dengue, da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), referente a semana 22, que vai de 1º de janeiro a 3 de junho de 2023.
É uma realidade que contrasta com o quadro do ano passado. Na semana 22 de 2022, o mesmo boletim contabilizava 10 óbitos por dengue e suas complicações em Anápolis.
No estado, a situação era ainda pior. Só até a semana 22, foram registrados 123 óbitos em várias cidades goianas. O ano terminou com 178 registros de mortes por dengue.
Foi o maior número de mortes, desde o início da série histórica, iniciada em 2004.
Este ano, até a semana 22, os registros oficiais apontam 11 óbitos, sendo três em Caldas Novas e um óbito anotado para os municípios de Luziânia, Doverlândia, Indiara, Ouvidor, São Simão, Piracanjuba, Goiás e Padre Bernardo.
Em Goiás, o número de casos notificados até a semana 22 deste ano foi de 73.002. No mesmo período de 2022, foram 215.240. Portanto, uma redução de 66,08%.
Já os casos confirmados somam, esse ano, 38.900. No ano passado, para o mesmo período em análise, foram 159.479. Ou seja, uma queda de 75,61%.
Para os municípios, são registrados os casos notificados. Em Anápolis, até a semana 22 deste ano, foram 6.675 casos. No ano passado, no mesmo período, foram 19.603. Assim, uma queda de 65,95%. O que reflete o panorama do estado.
O mapa de incidência, que leva em conta o número de casos por 100 mil habitantes, mostra que no momento há 176 municípios na classificação de baixo risco; 47 na classificação de médio risco e apenas 23 municípios na classificação de alto risco.
No mapa atual, Anápolis aparece na classificação de médio risco, com incidência de 278 casos por 100 mil habitantes.
Prevenção
Apesar da queda, a Prefeitura de Anápolis, através da Secretaria Municipal de Saúde, mantém o trabalho preventivo, visando a redução de focos do mosquito aedes aegypti, que transmite a dengue e outras doenças graves como a zika vírus, febre Chikungunya e febre amarela.
Em média, a Prefeitura mantém cerca de 180 agentes espalhados por toda a cidade, que contam com o apoio de 30 motos. Cada veículo fica com um supervisor fazendo o acompanhamento e fiscalização.
A visita nas residências funciona da seguinte maneira: o agente se anuncia e, caso o morador autorize sua entrada, ele visualiza os possíveis focos do mosquito, seja em vasos de planta, piscinas, vasilhames vazios ou mesmo nas caixas d´água.
Se for encontrada alguma irregularidade, o proprietário da casa tem até 24 horas para eliminar o foco. Em caso de descumprimento, a postura é acionada e faz a notificação e autuação.
Leia também: Bora ser voluntário no combate aos vetores da dengue, zica e outras?