Aberto ao público, 43ª edição do Nacional de Formação em Queda Livre acontece no Aeroporto Municipal entre os dias 18 e 25 de setembro
Pela primeira vez fora do estado de São Paulo, o Campeonato Brasileiro de Paraquedismo – Formação em Queda Livre terá sua 43ª edição em Anápolis. O evento acontece entre os dias 18 e 25 de setembro, no Clube Skydive Cerrado, presente no aeroporto do município, sendo aberto ao público, com as devidas recomendações sanitárias vigentes.
Ao todo, são 116 atletas participantes, um recorde de participação nas competições da Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq), divididos em três categorias: Formação em Queda Livre 4 (FQL-4), Formação em Queda Livre 8 (FQL-8) e a V-10. A FQL-4 Pro e FQL-8 asseguram vagas para o Mundial em 2022, competição organizada pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI).
Atletas da cidade se destacam em meio ao Brasileiro de Kickboxing
A FQL-4, com quatro integrantes, é dividida em iniciante, intermediário, open/pro e masters, enquanto a segunda, com oito, é exclusiva para profissionais. A última, já com dez saltadores, tem como objetivo a formação de uma figura pré-definida no menor tempo possível. As equipes deverão contar com um câmera, além dos membros participantes.
Fomento do esporte
Em todas suas últimas edições, o Brasileiro de Formação em Queda Livre jamais havia deixado de ser disputado em São Paulo. De 2014 a 2019, Boituva (SP) era palco da competição, muito pela disponibilidade de aviões e pela infraestrutura ofertada no Centro Nacional de Paraquedismo. No ano passado, Piracicaba (SP) recebeu a disputa.
“Para o fomento do paraquedismo brasileiro, a CBPq abraçou a ideia e, com a ajuda dos patrocinadores e apoiadores do aerodesporto, estamos conseguindo realizar, pelo segundo ano consecutivo, o campeonato nacional fora de Boituva”, afirmou o presidente da Confederação, Uellinton Mendes. A estrutura da Skydive Cerrado, onde acontecerá a edição, também foi respaldada pelo dirigente.
Além do recorde de participantes em uma edição, a mudança de ares também motivou presença internacional na disputa. Diretamente do Paraguai, a equipe Adventura Flyers confirmou presença no evento. Outro ponto em destaque é a grande presença de atletas do Rio Grande do Sul, com quatro times representando a Federação Gaúcha.
Já pensando em 2022, Uellinton adiantou que será lançado um edital para os interessados em sediar a próxima edição do Brasileiro de Formação em Queda Livre. Ele ressaltou que o projeto da CBPq, de expandir o aerodesporto, é focado em “fomentar o paraquedismo, para que seja praticado com segurança, e estreitar os laços que nos une”.
Crescimento
A realização do campeonato em Anápolis implica no crescimento do aerodesporto dentro da cidade. A prática já vinha ganhando adeptos desde a inserção de um espaço para praticá-lo, dentro do aeroporto municipal. Praticante há quase um ano, Ana Clara Carrijo crê que a pandemia também ajudou a impulsionar o paraquedismo: “Por conta do Covid, acho que muitas pessoas ficaram incentivadas de fazer o que queriam, fazer algo de diferente pela primeira vez. No meu caso, foi uma válvula de escape para combater tudo que a pandemia trouxe de ruim. O esporte é um remédio nessas horas”.
Já tendo praticado outros esportes em sua vida, Ana Clara pontuou que em nenhum outro conseguiu a emoção que o paraquedismo traz em sua prática. Em suas palavras, a paixão pelo desporto foi imediata logo após seu primeiro salto. “Seu coração sai pela boca, mas é uma sensação muito incrível. É a sensação de voar”, explica.
Com a realização de um campeonato de porte nacional na cidade, a tendência é que mais e mais adeptos surjam. Além de novos torneios que possam acontecer, sejam de caráter local ou estadual. De qualquer forma, o paraquedismo vai se tornando uma realidade, e mais uma opção para os amantes dos esportes, dentro de Anápolis.