Alternância de poder e alinhamento entre Executivo e Legislativo, foram destaques na avaliação dos indicadores do Município
Em ano de reencontro com as urnas, é importante que estejamos atentos a tudo o que diz respeito ao processo político-eleitoral. É dessa forma que, a cada eleição, vamos fortalecendo esse importante pilar da Nação: a democracia.
Nesse contexto, vale a pena acompanhar o Índice de Vitalidade Eleitoral (IVE), lançado pelo Instituto Votorantim.
A ferramenta, inédita, conforme o instituto, se propõe a ser uma espécie de termômetro de como está a “saúde democrática” de todos os municípios brasileiros.
O IVE constitui-se em uma avaliação tomada a partir de três eixos que indicam a saudabilidade nas eleições. São eles: – Engajamento; – Diversidade e Representatividade e Alinhamento nas Eleições.
O IVE atribui a cada município uma nota que varia de zero a 100. Assim, quanto mais alta a nota, maior é a vitalidade eleitoral.
Esse resultado é calculado a partir do desempenho em cada um dos três eixos analisados, que têm pesos iguais.
Cada eixo, por sua vez, é composto por subindicadores, com pesos ponderados, cuja base de dados vem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – referente às eleições de 2018 e 2020 – e do último Censo Demográfico apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010.
“Com o Índice de Vitalidade Eleitoral queremos fortalecer a cultura democrática no Brasil. O indicador permite um olhar apreciativo entre todos os municípios brasileiros. Por meio dos seus três pilares, avaliamos como está a participação do cidadão nas eleições, como a sociedade local está representada entre candidatos e eleitos e como se dá a competitividade no processo eleitoral e como fica a governabilidade após as eleições”, diz o gerente-geral do Instituto Votorantim, Rafael Gioielli.
A ferramenta é de acesso livre e gratuito, disponível no site: https://www.programacidadania.org.br/indice-vitalidade-eleitoral/.
Análise
Através de pesquisa na base de dados do IVE, o CONTEXTO buscou a informação de como está a “saúde democrática” de Anápolis.
De pronto, a primeira informação é que o Município obteve 66 pontos no IVE geral. A média dos municípios brasileiros foi de 65 pontos. Portanto, Anápolis ficou um ponto acima da média.
No primeiro eixo, o de Engajamento, a nota foi de 67 pontos. Nos subitens desse grupo, as pontuações foram de 86 pontos para “Votos Válidos” e 48 pontos para “Participação nas eleições”.
No segundo eixo, Diversidade e Representatividade, o município obteve 61 pontos. Neste eixo, com três subitens, as pontuações foram: 65 para “Diversidade entre candidatos”; 44 para “Representatividade nos votos” e 74 para “Representatividade entre os eleitos”.
No terceiro eixo- Alinhamento e Competitividade- foi registrado 70 pontos. Nos subitens do eixo, os indicadores são: 83 pontos para “Alinhamento entre Executivo e Legislativo”; 43 pontos para “Competitividade entre candidatos e partidos”; 69 pontos para “proporção de candidatos e partidos efetivos” e 100 pontos para “Alternância de partidos no poder a nível municipal”.
Considerando o IVE Geral e os três maiores colégios eleitorais do Estado, o levantamento mostra, Goiânia, obteve a maior pontuação: 71 pontos. O melhor resultado entre as capitais brasileiras, diga-se de passagem.
Anápolis tem a segunda melhor pontuação entre os três maiores colégios eleitorais, com 66 pontos de IVE Geral na sequência, Aparecida de Goiânia aparece com 56 pontos, apenas.
Goiás tem quatro municípios entre os que mais pontuaram, todos eles, com 76 pontos. São eles: Caçu, Buriti de Goiás, Ivolândia e Nova Iguaçu de Goiás.
No país, as três cidades mais bem colocadas foram Vespasiano Correa (RS) e Cantá (RR), ambas com 78 pontos, seguidas de Uiramutã (RR), com 77 pontos.