Claudius Brito
Considerando que 2020 foi um ano atípico, devido à pandemia do novo coronavírus, o resultado da balança comercial de Anápolis, divulgado pelo Ministério da Economia, não foi de todo ruim.
No ano passado, as exportações feitas por Anápolis registraram um volume de US$ 137,33 milhões. No ano anterior, em 2019, o volume foi de US$ 137,25 milhões, ou seja, 0,1% de diferença. Praticamente, manteve-se estável.
As importações feitas por Anápolis, por outro lado, registraram uma queda de 4,1%. Em 2020, o volume foi de US$ 1,368 bilhão, contra US$ 1,427 bilhão de 2019.
A corrente de comércio, que é a soma das exportações e importações, registrou um volume de U$ 1,505 bilhão em 2020. No ano anterior, o valor foi de US$ 1,564 bilhão, com queda de 3,8% na comparação.
Em 2020, a balança comercial de Anápolis fechou com déficit (exportações menos importações) de US$ 1,231 bilhão. No ano anterior, o déficit do período foi de US$ 1,290 bilhão.
O déficit da balança comercial de Anápolis ocorre porque as importações geram um volume muito superior às exportações feitas pelo Município, que tem um parque fabril grande, que depende de muitos insumos que são comprados de outros países, como, por exemplo, os insumos da indústria farmacêutica e da indústria automobilística.
Ranking e participação
Em 2020, as exportações feitas por Anápolis tiveram 1,9% de participação em relação às exportações de Goiás. O município ocupou o 15º lugar no ranking estadual dos municípios exportadores. Em 2019, a participação foi de 2,1% e a posição foi a de 13º lugar. Ou seja, houve perda de duas posições. Em relação ao Brasil, a participação das exportações feitas por Anápolis, em 2020, foi de 0,07%, ficando no 256º lugar entre os municípios exportadores brasileiros. No ano anterior, a participação foi de 0,06% e a posição no ranking, foi de 254º lugar. Também, neste caso, houve perda de duas posições.
Em 2020, as importações feitas por Anápolis representaram 41,2% das compras externas feitas por Goiás. Em 2019, a participação foi de 39,8%. Em Goiás, Anápolis ocupou em 2019 e 2020, o 1º lugar no ranking do Estado.
A participação das importações feitas por Anápolis, nas importações feitas pelo País, ficou em 0,9% em 2020. No ano anterior, ficou em 0,8%. No ranking nacional, Anápolis mantinha o 27º lugar em 2019, passando ao 21º lugar em 2020, ou seja, um ganho de seis posições.
Parceiros
Em 2020, os principais países de destino das exportações feitas por Anápolis, foram:
Espanha (24% de participação);
França (14%);
Indonésia (8,3%);
Países Baixos/Holanda (7,9%);
Estados Unidos (6,1%);
Suíça (6,0%);
Itália (5,2%);
Romênia (4,7%);
Turquia (4,7%);
Tailândia (4,6%).
Os principais países de origem das importações foram:
Alemanha (23% de participação);
China (21%);
Suíça (9,2%);
Estados Unidos (8,5%);
Índia (7,6%);
Coreia do Sul (6,1%);
Argentina (3,6%);
Dinamarca (3,4%);
Japão (3,3%);
Itália (3,1%).
Considerando a corrente de comércio (exportações mais importações), os principais parceiros externos, foram:
Alemanha (21% de participação);
China (19%);
Suíça (8,9%);
Estados Unidos (8,3%);
Índia (6,9%);
Coreia do Sul (5,5%);
Argentina (3,4%);
Itália (3,3%);
Espanha (3,1%);
Dinamarca (3,1%)
Japão (3,1%).
Produtos
Os principais produtos exportados por Anápolis, durante o ano de 2020, foram: Tortas e outros resíduos sólidos da extração de soja (66%); Sangue humano, sangue animal para usos terapêuticos, profiláticos e de diagnóstico (5,7%); Ouro – incluindo o platinado – em formas brutas ou semimanufaturados ou em pó (11%).
Os principais produtos importados por Anápolis, no ano de 2020, foram: Sangue humano, sangue animal para usos terapêuticos, profiláticos e de diagnóstico (33%); Medicamentos constituídos por produtos misturados ou não misturados, preparados para fins terapêuticos e profiláticos, inclusive, apresentados em doses (14%); Partes e acessórios de veículos automotores (8,2%).
