A Secretaria Municipal da Saúde vai intensificar as ações de caráter preventivo junto à população jovem, conforme o direcionamento que foi dado este ano à campanha do Dia Mundial de Luta Contra a AIDS (1º de dezembro), cujo tema foi: “O preconceito como aspecto de vulnerabilidade ao HIVAIDS”.
Em Anápolis, na última quinta-feira, 02, foi realizada a VII Jornada Estratégia de Saúde da Família e Programa DSTAIDS, que visa uma aproximação maior entre este dois programas. O evento, realizado no auditório da Associação Médica, reuniu dezenas de profissionais da saúde de diversas áreas e coordenadores de núcleos do ESF.
O secretário de Saúde, Roberson Guimarães destacou a importância do trabalho de prevenção, pois, segundo observou, nos últimos anos os avanços da ciência fizeram com que a AIDS se tornasse uma doença mais controlável. Porém, enfatizou: “ainda é uma doença muito perigosa”, frisou, acrescentando que esse fator contribuiu para que se elevasse, no País, a incidência entre as camadas mais jovens da população brasileira.
No Município, de acordo com a coordenadora do Programa de DSTAIDS, Abilene Machado, existem hoje 402 portadores do HIV cadastrados que recebem assistência médica, laboratorial, psicológica, odontológica, de enfermagem e nutricional.
Cerca de 370 pacientes recebem os medicamentos retrovirais, também com o devido acompanhamento profissional. O trabalho conta, ainda, com o apoio de organizações não-governamentais como a Sociedade Oásis e AGTLA, além da Casa Bethânia, que oferece internação para os pacientes sem família ou abandonados. A base do programa funciona na Unidade de Saúde Illyon Fleury (antiga Osego), no Bairro Jundiaí. De acordo com Abilene Machado, o número de portadores em Anápolis deve ser muito maior, já que muitas pessoas não conhecem o diagnóstico. Existem, ainda, aquelas pessoas que, apesar de serem soropositivas, por algum motivo, não querem se cadastrar no programa. Do total de cadastrados, 307 fazem o uso do coquetel de medicamentos retrovirais.
A psicóloga Nilda Lira ressaltou que o foco principal do Programa DSTAIDS no Município é a prevenção. Ela, inclusive, citou alguns programas importantes como o Nascer, que é desenvolvido na Santa Casa de Misericórdia e na Maternidade “Dr. Adalberto Pereira da Silva” com as parturientes. Durante o pré-natal, as gestantes soropositivas são acompanhadas para se verificar uma possível transmissão da doença ao bebê, o que possibilita o diagnóstico e o tratamento precoce. Também há o Grupo de Adesão, onde os pacientes são auxiliados durante o tratamento e se reúnem para trocar experiências que possam contribuir com a qualidade de vida.
Fique por dentro
Assim pega / Assim não pega
Quem tem HIV/AIDS pode levar uma vida normal. É claro que isso exige uma série de
Cuidados. Mas, quem vive com HIV pode beijar na boca, ir pra balada, namorar, trabalhar e fazer exercícios como qualquer pessoa.
Já quem não tem o vírus pode conviver perfeitamente com os portadores da doença. Viver com o preconceito pode ser mais difícil do que viver com o vírus. O preconceito isola, dificulta o tratamento e faz muitas pessoas evitarem o exame, com medo de descobrir se têm ou não o HIV.
Veja como se prevenir e conviver numa boa com quem tem a doença.
ASSIM PEGA
Sexo sem camisinha (oral, vaginal e anal)
Compartilhamento de seringas e agulhas
A mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gestação, o parto e a amamentação
ASSIM NÃO PEGA
Aperto de mão ou abraço
Pelo ar
Piscinas e banheiros
Doação de sangue
Compartilhar talheres e copos
Suor e lágrima
Sexo com camisinha
Beijo na boca
Masturbação a dois
(Fonte: Ministério da Saúde)