O Instituto Mauro Borges (IMB), ligado à Secretaria Estadual de Gestão e Planejamento (Segplan), acaba de divulgar a primeira rodada do Índice de Desempenho dos Municípios. O estudo mede o nível da atuação das localidades goianas nos setores de Economia, Trabalho, Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura. O objetivo é oferecer uma ferramenta de diagnóstico e de comparação entre os municípios para que, mediante a avaliação dos resultados, os gestores possam planejar ações de longo prazo. O estudo deverá ser apresentado a cada dois anos, de acordo com a Segplan.
O documento, que pode ser acessado na íntegra no site do IMB (www.imb.go.gov.br) é apresentado de forma bastante didática. Os resultados são mostrados em escores que variam na escala de 0 a 10, contendo, também, vários cartogramas ilustrativos. Há, ainda, tabelas com a pontuação geral do IDM dos 246 municípios goianos e de acordo com as variáveis do estudo, estabelecendo um ranking na avaliação dos escores alcançados.
No IDM geral Anápolis aparece apenas na 22ª posição do ranking. Os 10 municípios que apresentaram a melhor pontuação, foram: Caçu (7,83); Barro Alto (7,36); Morrinhos (7,30); Mineiros (7,23); Cachoeira Dourada (7,23); Quirinópolis (7,23); Uruaçu (7,18); Goianésia (7,17); Paraúna (7,16) e Rubiataba (7,16). Já os municípios que apresentaram a menor pontual, no quadro geral, foram: Nova Roma (5,21); Guarani de Goiás (5,19); Ipiranga de Goiás (5,17); Nova Glória (5,16); Pirenópolis (5,15); Amaralina (5,11); Corumbá de Goiás (5,09); Teresina de Goiás (5,09); Monte Alegre de Goiás (5,08) e Simolândia (5,04). A capital, Goiânia, aparece em 12º lugar na classificação. E, Aparecida de Goiânia, em 142º lugar.
“Em relação ao porte dos municípios, conforme o tamanho de sua população, fez-se um recorte em sete grupos. Nesse particular, verifica-se tendência de que quanto maior o número de habitantes, melhor seu IDM. Isso se deve, principalmente, ao bom desempenho da dimensão economia”, avaliam os pesquisadores responsáveis pelo estudo. No entanto, destaca o Instituto, há várias exceções nessa análise.
No primeiro grupo, formado pelos municípios que possuem menos do que 05 mil habitantes (46% do total de municípios), a média do IDM geral foi de 5,94, ficando na sétima posição nesta classificação. No grupo dos municípios que possuem entre 05 e 10 mil habitantes (22,4% do total de municípios), a média foi de 6,25, ficando na sexta posição. O grupo de municípios que possuem população entre 10 e 20 mil habitantes (15,85% do total dos municípios), apresenta a média do IDM geral de 6,31, ficando na quarta posição. Neste grupo está Caçu, que possui 13.283 habitantes e lidera o ranking do IDM Geral no Estado (7,83).
Os municípios que possuem entre 20 e 50 mil habitantes representam 13% dos municípios do Estado de Goiás e possuem a segunda média no IDM (6,66), sendo destaques os municípios de Morrinhos, Quirinópolis e Uruaçu, que ocupam, respectivamente, 3º, 6º e 7º lugar no ranking estadual. O grupo tem a segunda posição na avaliação por faixa de população.
Os maiores
Os municípios que possuem entre 50 e 100 mil habitantes representam 4,5% dos municípios do estado de Goiás. A média do IDM deste grupo é 6,52, sendo destaques os municípios de Mineiros e Goianésia, que ocupam o 4º e o 8º lugares, respectivamente. Apenas 08 municípios de Goiás – dentre eles Anápolis – têm população entre 100 e 500 mil habitantes, com média do IDM de 6,27. O grupo é o quinto na classificação por faixa de população.
Em Goiás, apenas Goiânia tem população superior a 500 mil habitantes. Em relação aos outros grupos, este conta com a melhor média do IDM geral, de 7,14, na avaliação por faixa populacional.
1º lugar em economia e 232º lugar em segurança
Na análise de variáveis, Anápolis se apresenta em primeiro lugar no IDM de economia, com 9,45 pontos de média, sendo avaliados os desempenhos do PIB e os respectivos valores agregados nos setores agropecuário; da indústria; serviços; PÃŒB per capita; evolução do PIB e Recursos Próprios. Os destaques ficaram para o Valor Agregado (VA) de serviços e da indústria, com escores de 9,96, seguido pelos quesitos de Recursos Próprios, 9,51; Evolução do PIB, 9,47; PIB per Capita, 9,43 e o VA do setor agropecuário, com 8,43. O VA de serviços, em 2010, registrou R$ 3,5 bilhões e o da indústria, R$ 3,3 bilhões. O VA do setor agropecuário, R$ 65,2 milhões. O PIB per capita foi de pouco mais de R$ 30 mil.
No IDM Segurança, Anápolis teve o pior desempenho na análise, ficando na 232ª. posição do ranking setorial, com média de apenas 5,83. Os escores foram: crimes contra a dignidade sexual, 6,51; crimes contra a pessoa, 5,19; crimes contra o patrimônio, 3,57; contravenções penais, 6,82 e tráfico de drogas, 7,07. De acordo com os dados do estudo, foram 190 ocorrências de crimes contra a dignidade sexual; 6.158 crimes contra a pessoa; 18.356 crimes contra o patrimônio; 2.088 contravenções penais (incluindo porte ilegal de armas e uso de drogas para consumo) e 183 ocorrências de tráfico de drogas. Os dados são referentes a 2011.
No IDM Trabalho, Anápolis ficou na 15ª. colocação setorial, com os escores de 3,73 para empregos formais entre a população de 18 a 64 anos (80.640 pessoas); 9,07 para a remuneração média (R$ 1.264); 5,94 no quesito trabalhadores com formação de nível médio ou superior (48.850); e 5,87 para a geração de empregos formais (percentual de 8%). A base é de 2010 para os quatro primeiros quesito, com informações da RAISMinistério do Trabalho e Emprego (MTE) e do IBGE. No último quesito (geração de emprego) a base é de 2008, 2009 e 2010 com informações da RAIS MTE.
Quanto à infraestrutura, o Município ficou em 32º lugar, com média de 7,17, obtendo os escores de 10 em cobertura de energia elétrica (115.626 ligações domésticas); 9,33 para cobertura de rede de água tratada (95.585 ligações domésticas); 5,27 para cobertura de rede de esgoto (53.934 ligações domésticas); 3,69 para cobertura de internet (38.445 ligações domésticas); 4,51 para cobertura de telefonia fixa (47.044 ligações de telefone fixo) e 4,10 para cobertura de telefonia fixa e internet. Os dados são de 2010 da Saneago, IBGE, Celg, Chesf e Anatel.
O IDM Educação deu a Anápolis apenas o 159º lugar no ranking setorial, com média de 5,89 e os escores de 5,57 infraestrutura básica; 4,30 formação de professores; 4,80, IDEB 5º ano e 3,80 IDEB 9º ano; 4,71 atendimento educacional (4 a 5 anos), 9,63 (6 a 14 anos) e 8,43 (15 a 17 anos). Entram dados de 2009 e de 2010, do CensoIBGE, Censo EscolarINEP.
No IDM Saúde, o Município ficou em 184º lugar no ranking setorial, com média de 7,50 obtendo os escores de 10 (leitos do SUS por 1.000 habitantes); 10 (médicos do SUS por 1.000 habitantes); 4,61 (Pré-natal com sete consultas); 4,93 (cobertura do programa ESF; 4,21 (cobertura do ESF de Saúde Bucal); 8,71 (mortalidade infantil); 8,67 (mortes por causas extremasviolentas) e 8,87 (cobertura vacinal tetravalente).
Pela primeira vez na história, Goiás passa a contar com um índice capaz de medir o desempenho dos 246 municípios. O objetivo é diagnosticar e comparar a atuação em seis principais áreas.
O secretário de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci abriu, na manhã de terça-feira, dia 02, a divulgação do Índice de Desempenho dos Municípios (IDM). De agora em diante, o Estado passa a contar com um índice capaz de medir o desempenho dos 246 municípios goianos, a partir de seis dimensões: Economia, Trabalho, Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura. Desenvolvido pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), o estudo tem como objetivos diagnosticar e comparar a atuação dos municípios, bem como avaliar resultados e subsidiar o planejamento de ações governamentais e municipais.
Os 10 mais do IDM
Caçu (7,83)
Barro Alto (7,36)
Morrinhos (7,30)
Mineiros (7,23)
Cachoeira Dourada (7,23)
Quirinópolis (7,23)
Uruaçu (7,18)
Goianésia (7,17)
Paraúna (7,16)
Rubiataba (7,16)
Os 10 menos do IDM
Nova Roma (5,21)
Guarani de Goiás (5,19)
Ipiranga de Goiás (5,17)
Nova Glória (5,16)
Pirenópolis (5,15)
Amaralina (5,11)
Corumbá de Goiás (5,09)
Teresina de Goiás (5,09)
Monte Alegre de Goiás (5,08)
Simolândia (5,04)
Saiba mais
O IDM foi desenvolvido para preencher a lacuna que o IDH-M (PNUD) possui, visto ser um índice calculado somente para os anos censitários, pois suas variáveis são retiradas do Censo Demográfico. Nesse ponto é que reside o maior esforço do presente estudo, justamente a escolha das variáveis representativas das dimensões pretendidas com características de fidedignidade, periodicidade, procedência de fontes oficiais e cobertura dos 246 municípios goianos. Assim, para o cálculo do índice foram utilizadas trinta e quatro variáveis.
O documento se apresenta de forma bastante didática, de fácil compreensão, para ser utilizado por um público heterogêneo. Os resultados são apresentados em escores numa escala de 0 a 10. O documento contém ainda cartogramas ilustrativos. Há também a possibilidade de consulta pela web, ainda com maior facilidade, no site do Instituto, www.imb.go.gov.br (Fonte: IMBSegplan)