Alguns candidatos que em outros pleitos declararam ser de cor branca, apareceram com declaração de cor parda.
Mas, fato é que essa questão chama atenção. E os dados do Censo de 2022, cruzados com o Censo de 2010, revelam situações interessantes.
Conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), Anápolis registrou no Censo de 2022, um contingente populacional de 398.869 pessoas.
A maioria dessa amostra populacional declarou-se de cor/raça parda, são 207.238 pessoas, o que representa 51,96% do total. Ou seja, mais da metade da população anapolina declarou-se parda, no censo 2022.
Nominalmente, são 49.860 pardos e pardas a mais na contagem.
Em seguida, vem os que se declararam de cor branca: 161.979 (40,60%). A terceira maior população é formada pelas pessoas que se declararam de cor preta: 28.056 (7,03%).
Amostragem ainda contabiliza 1.130 (0,28) de pessoas declaradas de cor amarela e 454 (0,11%) declaradas indígenas.
No Censo de 2010, a população declarada parda em Anápolis era de 157.378 pessoas, passando para 207.238 no Censo de 2022. Uma variação de 31,68%.
Numericamente menor a população declarada de cor preta teve um aumento maior: 57,88%, passando de 17.770 para 28.056 do Censo de 2010 para o de 2022.
Da mesma forma com a população declarada amarela, que subiu de 1.130 para 4.968 pessoas, com incremento de 77,25%.
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A população indígena evoluiu de 295 para 454 pessoas, com aumento de 53,89%.
Já a população declarada de cor branca cresceu apenas 5,04% na comparação entre os dois últimos censos, passando de 154.201 para 164.979 pessoas.
Brasil
Segundo o IBGE, no Censo de 2022, mais de 921 milhões de brasileiros e brasileiras de declararam pardos. O que equivale a 45,3% da população censitária.
Foi a primeira vez, desde 1991, quando a pesquisa incluiu o quesito “cor/raça” na contagem oficial, que a população parda foi registrada como maioria.
Ainda de acordo com os dados oficiais, no país cerca de 88,2 milhões de pessoas se declararam brancas (43,5%); 20,6 milhões se declararam pretas (10,2%); 1,7 milhões indígenas (0,8%) e cerca de 800 mil amarelas (0,4%).
Os pesquisadores do IBGE não têm uma explicação para essa variação, mas as mudanças podem estar associadas a fatores demográficos, migratórios, de identificação, de condições de vida, de serviços e outros.