Roberto Naves anuncia que vai cumprir o decreto do governo do Estado, seguindo recomendação do Ministério Público e das autoridades de Saúde
O prefeito Roberto Naves anunciou, na tarde desta terça-feira, 16, que o município de Anápolis vai seguir o decreto estadual anunciado na manhã desta terça-feira, 16, pelo governador Ronaldo Caiado, que ordenou “lockdown” em Goiás por 14 dias. Depois de consultar a equipe jurídica e sanitária do município e receber uma recomendação do Ministério Público para que, no prazo de 24 horas, fizesse a adesão à determinação do governo, o prefeito informou que vai fechar todas as atividades consideradas não essenciais pelo mesmo período. “Todos estão acompanhando o que está acontecendo com o nosso país: recorde atrás de recorde no que diz respeito ao número de mortes. O Estado de Goiás vive uma situação semelhante. Anápolis vive uma situação semelhante”, afirmou Roberto.
Minutos depois, a secretaria municipal de Saúde divulgou o número de mortes registradas nas últimas 24 horas. Foram 15 óbitos. Numeros semelhantes vem sendo registrados há quase 30 dias no município. Segundo o prefeito, os esforços para conseguir mais leitos não tem sido suficientes para amenizar a situação. Apesar dos 20 novos leitos que entraram em funcionamento nesta terça-feira, a expectativa é de que em um curto período de tempo todos estejam ocupados. “Nós já temos oito pacientes e a previsão é de que em 72 horas esses leitos já estejam cheios de pacientes. A doença está avançando em uma velocidade muito grande e isso fez com que o governador Ronaldo Caiado decretasse o fechamento. Nós entendemos a realidade”, se solidarizou o prefeito num vídeo divulgado agora a pouco pelas redes sociais.
O pronunciamento de Roberto Naves foi curto. Em apenas alguns segundos ele se limitou a declarar que, a partir desta quarta-feira, Anápolis estaria fechada. A ausência de demais explicações pode ser uma estratégia para evitar o caos, pelo menos por enquanto, já que existem muitas opiniões contrárias ao “lockdown”. Na semana passada, durante o fechamento geral, empresários lançaram uma declaração nas redes sociais dizendo que “abririam de qualquer maneira nesta segunda-feira”. O presidente da Câmara de dirigentes Logistas de Anápolis, Wilmar Jardim, também emitiu comunicado dizendo que “o comércio não suporta mais outra fase de inatividade”, cobrando providências do poder público quanto a vacinação em massa e ampliação da assistência hospitalar. O medo é de que a economia, dessa vez, seja destruída. Em entrevistas anteriores, Roberto Naves declarou ter feito o possível para permitir o funcionamento das atividades econômicas, comparando Anápolis a outras cidades que tiveram períodos muito maiores de fechamento, mas admitiu que a geração de novos leitos tem limites. “Não temos mais profissionais de saúde disponíveis”, disse em outra oportunidade.




