Este ano, a estação do verão tem castigado Anápolis com fortes chuvas. As precipitações pluviométricas, acima do normal, têm causado muito estragos e transtornos à população, em vários pontos da cidade.
No dia 12 de fevereiro último, o temporal que desabou sobre a cidade levou o prefeito Roberto Naves a decretar Situação de Emergência no Município.
No decreto nº 48.666, de 15/02/2023, informava, então, que indicadores produzidos por órgãos ligados aos governos estadual e federal, indicaram que naquela data, ou seja, em 12 de fevereiro, o índice pluviométrico atingiu 16 milímetros (mm) em 10 minutos e chegou ao pico de 47,08 mm em 24 horas, a partir das 18h40.
De acordo com dados emitidos pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (CIMEHGO), a acumulação de chuva em Anápolis no mês de dezembro foi de 356 mm, índice considerado superior a normalidade climatológica para a região e, no mês de fevereiro, chegou a 160mm, equivalendo a 68% do esperado para todo o período.
O temporal, conforme também foi descrito nas razões do decreto, produziu efeitos nocivos nas avenidas Amazílio Lino, Ayrton Senna, Pedro Ludovico, Barão do Rio Branco, Goiás, Miguel João e Brasil Sul.
Também, na região Leste, nos bairros Flamboyant, Residencial Buritis, Summerville, Santo Antônio, Flor de Liz, Residencial Ander 1ª e 2ª etapas, Chácaras Americanas, Jardim Itália, Morada Nova, Parque Brasília, Residencial Ipanema, Jardim Ibirapuera.
Na região Centro Norte: Parque da Matinha, Maracanã e Santa Isabel, Avenida Belo Horizonte e Bairro Bom Clima.
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Os danos causados pelos temporais resultaram na destruição de pelo menos sete pontes, bueiros, alagamento de ruas, quedas de árvores e postes em vias públicas, gerando, em seu conjunto, danos e obstruções em passeios e vias públicas, prejudicando a circulação de pedestres e de veículo.
Além de danos causados em propriedades particulares.
A medida adotada pelo prefeito Roberto Naves tem o objetivo de acelerar a recuperação dos locais afetados, um delas, de forma mais grave, a ponte que rodou na Avenida Independência, nos dois sentidos da pista, onde ficou uma enorme cratera.
Foi, inclusive, desse local que o chefe do Executivo anunciou que faria a decretação do estado de emergência.
A partir de então, várias medidas mitigadoras já começaram a ser adotadas, algumas, de caráter mais imediatas, como apoio às famílias nas áreas afetadas e a recuperação dos locais que demandavam intervenções menos complexas. O que não é o caso da ponte da Avenida Independência.

Legislativo
Os problemas causados pelos temporais em Anápolis, após o dia 12, foram amplamente debatidos na Câmara Municipal, inclusive, com a participação da representação do Município na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal.
Em visita à casa, o deputado federal Rubens Otoni recebeu do presidente, vereador Domingos Paula, pedido para que ajudasse a intermediar ajuda junto ao Governo Federal.
A partir desse pedido, que foi também feito por outros vereadores, o deputado agendou uma reunião em Brasília com o Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil Wolnei Wolff Barreiros.
Emergência reconhecida
Nessa reunião, que teve a participação dos vereadores Jean Carlos, Lisieux Borges e Professor Marcos Carvalho, integrantes da Frente Parlamentar para Acompanhamento e Providências de Prevenção de Enchentes e Inundações no Município de Anápolis, e do assessor para Assuntos Institucionais da Prefeitura, Luiz Lacerda, o chefe maior da Defesa Civil no país noticiou que o deferimento do pedido de reconhecimento de Situação de Emergência no Município, conforme decreto assinado pelo prefeito Roberto Naves.

A medida consta na Portaria nº 1.028, de 10 de março de 2023, publicada no Diário Oficial da União datado de 13 de março de 2023.
Diante esse reconhecimento, o Município de Anápolis poderá se habilitar a buscar os recursos federais que são destinados à recuperação de estragos causados por desastres naturais, como é o caso dos temporais.
Em paralelo, a Prefeitura de Anápolis, vem trabalhando na preparação de projetos e toda parte burocrática para que tão longo haja uma estiagem, os serviços de maior monta, nos locais mais críticos, sejam executados.
Ainda dentro desse esforço conjunto, deve-se buscar soluções para obras estruturais mais complexas, com o intuito de eliminar os principais pontos de alagamentos.
O que, entretanto, demanda de um tempo maior já que envolve obras caras, desapropriações e uma série de outras situações.