Com o mercado de trabalho em visível recuperação, pelo terceiro mês consecutivo Anápolis teve, em março, saldo positivo na geração de empregos formais e um dos melhores desempenhos do ano em termos relativos e absolutos. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho em Emprego (MTE), através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No mês, foram admitidos 3.331 trabalhadores e demitidos outros 2.917, números que resultaram em um saldo positivo de 414 novos postos de trabalho com carteira assinada. Em março do ano passado, o saldo positivo foi de apenas 60 vagas.
No ano, Anápolis já acumula um saldo positivo de 1.191 novos empregos, referente a soma de 399 vagas em janeiro, 378 em fevereiro e as 414 de março, um número que passou para 1.226 depois que o saldo dos três primeiros meses do ano foi ajustado pelo Caged. No primeiro trimestre do ano passado, o saldo positivo foi de 192 vagas, das quais 72 abertas em janeiro, 60 em fevereiro e outras 60 em março. A diferença entre os dois períodos é de 1.034 vagas a mais no primeiro trimestre deste ano.
A estatística do Caged mostra que do total de 3.331 admitidos, 2.897 foram para o reemprego e 306 para o primeiro emprego. Já entre os 2.917 desligamentos, 1.740 ocorreram sem justa causa, 695 a pedido dos próprios trabalhadores, 367 por causa do fim de contratos temporários de trabalho e 35 por justa causa. As funções que mais admitiram foram as de auxiliar de escritório em geral, alimentador de linha de produção, faxineiro, servente de obras, vendedor do comércio varejista, motorista de caminhão, assistente administrativo, auxiliar de linha de produção farmacêutica e pedreiro.
Ascensão
Os dados do Caged mostram também que os segmentos da economia anapolina que mais empregaram em março foram os da indústria de transformação, com 241 novos postos de trabalho com carteira assinada; o de serviços, com 102; a construção civil com 62; o comércio, com 12 e a agropecuária, com outras 9 vagas. O setor industrial de utilidade pública fechou o mês de março com um saldo negativo de 12 vagas enquanto que os de extração mineral e administração pública não registraram saldo.
De acordo com a coordenadora da Unidade de Atendimento do Sine, Milene Souza Mota, um dado que comprova que o mercado de trabalho está em ascensão é o contínuo crescimento da oferta de vagas e também a procura de trabalhadores para preenchê-las. ´Estamos em contato permanente com as empresas da cidade para não perder a oportunidade de oferecer vagas de trabalho aos desempregados e facilitar a vida dos trabalhadores´, disse a coordenadora, reconhecendo, porém, que o maior problema que os desempregados enfrentam é a falta de qualificação profissional.
Em Goiás, o mercado de trabalho também teve, em março, saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada pelo terceiro mês consecutivo. No mês, de acordo com o Caged, ocorreram 50.584 admissões e 45.272 desligamentos, números que resultaram em um saldo positivo de 5.312 novos postos formais de trabalho e que colocaram Goiás na quinta posição entre as unidades da Federação que mais geraram empregos.
Ranking
No País, foram abertos 56.151 novos postos de trabalho com carteira assinada. De acordo com o Caged, 15 estados, mais o Distrito Federal, apresentaram variação positiva no saldo de emprego e 11 tiveram variação negativa. A liderança na geração de empregos ficou com São Paulo, com 30.459 postos, seguida por Minas Gerais, com 14.149, Rio Grande do Sul, com 12.667, Paraná, com 6.514, Goiás, com 5.312 e Bahia, com 4.151 novas vagas de empregos.
No Estado, entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, o saldo na geração de empregos foi positivo em 23 e negativo em outros 13. A liderança entre os municípios que mais garantiram vagas no mercado de trabalho ficou com Cristalina, com 1.046 novos postos formais, seguida por Goiânia (904), Morrinhos (788), Formosa ( 695), Anápolis (414), Quirinópolis ( 355), Catalão (258), Jataí (242), Goiatuba (176), Luziânia (171), Planaltina (117), Itaberaí (89), Mineiros (78), Águas Lindas (63), Uruaçu (60), Iporá (42), Itumbiara (36), Minaçu (35), São Luiz dos Montes Belos (32), Trindade (29), Cidade Ocidental (18) e Valparaíso de Goiás (5).
Entre os municípios que apresentaram variação negativa, a liderança ficou com Rio Verde, com 248 postos de trabalho fechados, seguido por Senador Canedo (-204), Caldas Novas (-180), Niquelândia (-84), Goianésia (-77), Aparecida de Goiânia (-50), Santa Helena de Goiás (-28), Porangatu (-24), Inhumas (-19), Novo Gama (-16), Jaraguá (-13), Goianira (-11) e Santo Antônio do Descoberto (-6).