Após a janela partidária e as filiações e desfiliações, as eleições municipais agora seguem para uma nova fase, de conversas para alianças e definições que vão ocorrer nas convenções. Nesse cenário, surgem nomes e lideranças e, alguns, perdem espaço.
Mais uma vez
José de Lima vem aí. O empresário, ex-vereador e ex-deputado José de Lima é mais um nome que se apresenta para disputar a Prefeitura de Anápolis, em outubro desse ano.
Ele estava com dificuldade- assim como outros pré-candidatos- de encontrar abrigo ao seu projeto político. E este abrigo veio do PMB, o Partido da Mulher Brasileira. Essa deverá ser a quinta vez que José de Lima disputa o cargo. Ele já havia decidido não tentar voltar à vereança. Assim, a disputa será para o Executivo.
E, como será no PMB, tudo indica que a vice será uma mulher. Apesar do jeito simples de se expressar, José de Lima é um político que soma a esse processo político, além do carisma que tem.
Mas, precisa voto e, segundo ele, a campanha será como as demais: sola de sapato.
Discutir a relação
Embora estejam numa federação, que é uma espécie de casamento entre partidos políticos, o PSDB e o Cidadania, em Anápolis, ao que tudo indica, parece que precisam “discutir a relação”.
Integrantes do partido dos tucanos manifestaram descontentamentos com filiações feitas pela outra parte do casamento, o Cidadania, especialmente, com relação as fichas que foram abonadas para o vereador João da Luz e a médica Marcela Pimenta. Houve sinalização de que poderia haver veto a esses nomes.
O que, entretanto, contraria a opinião do presidente regional do Cidadania, Michel Roriz, para quem não há uma justificativa plausível para uma medida dessa natureza.
Ele defender que o diálogo seja melhorado.
Promessa feita….
Promessa cumprida! O vereador Dominguinhos do Cedro (PDT) disse que levaria um áudio de uma fala do colega Hélio Araújo, do PL, com críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, principal referência dos liberais.
A fala não é nova e o vereador que fez a crítica, que é também líder sindical, dizia numa entrevista sobre retirada de direitos dos trabalhadores nos governos de Michel Temer e Bolsonaro.
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A divulgação do áudio foi uma resposta de Dominguinhos a falas do colega dando a entender que somente o PL é defensor da família e do conservadorismo. E a narrativa de ele ser principal defensor de Bolsonaro.
Resultado da contenda: o dólar nem subiu e bem desceu, como dizia o saudoso radialista Luiz Carlos Cecílio.
Oficialmente fora
O vereador Leandro Ribeiro, agora no MDB (ele era presidente municipal do PP), fez um pronunciamento na tribuna e, oficialmente, anunciou que está fora da disputa pela Prefeitura de Anápolis, no pleito de outubro próximo.
Leandro já sinalizou que deve caminhar ao lado do pré-candidato Márcio Corrêa (PL). A conversa é que o agora emedebista deverá ser o nome para compor, como vice, a chapa liderada por Corrêa.
Obviamente, que ainda há um caminho a ser percorrido para isso, já que a aliança deve ser sacramentada nas convenções partidárias. Caso não se concretize, as opções de Leandro seriam disputar a reeleição ou aguardar e buscar novos projetos, em 2026.
Ônus e bônus
Ungida como candidata da base do prefeito Roberto Naves (Republicanos), Eerizânia Freitas (União Brasil) terá muitos desafios pela frente.
O primeiro ela já passou, que foi alçar o nome como pré-candidata. O seguinte será consagrar seu nome na convenção e, por conseguinte, construir uma aliança que dê musculatura à candidatura. Depois vem a fase mais difícil que é a campanha em si.
E, claro, por ser candidata ligada ao governo atual no município, isso traz ônus e bônus. O ônus, porque ela terá o que mostrar na gestão que participou; o bônus, o desgaste natural que tem toda administração que chega ao fim de um ciclo e, neste caso, são dois.
PP: nova liderança
A deputada estadual Vivian Naves assumiu a liderança do Progressistas em Anápolis.
Liderança essa que era do vereador Leandro Ribeiro, que trocou o PP pelo MDB. Em sua estreia no meio político, Vivian assume a responsabilidade de conduzir um partido grande, numa eleição municipal que promete ser acirrada, tanto para os cargos majoritários (Prefeito e Vice) quanto proporcionais (Vereador).
Obviamente que ela não fará isso sozinha e tem já uma executiva montada para que se dê essa condução. E, um outro aspecto importante, é a ascensão de uma mulher no comando de uma sigla partidária.
- O PT de Antônio Gomide anda meio quieto, mas certamente, as articulações estão acontecendo e deve vir novidade por aí em brave.
- O ex-vereador pastor Elias Ferreira lançou-se como pré-candidato a vice. Obviamente, com a melhor das intenções, mas essa figura do pré-candidato a vice não existe. A vice é fruto de uma composição ou mesmo definição de um partido de caminhas com chapa pura.
- Na Câmara Municipal, já se sente o reflexo do ano eleitoral. Devido a ausências de vereadores- embora formalmente justificadas (e não só por esse motivo, diga-se de passagem), às vezes quase não dó quórum para as votações.
- Ao menos no primeiro turno, o governador Ronaldo Caiado não deve mergulhar de cabeça nas campanhas municipais. Em Anápolis, quem deverá estar na linha de frente é a sua esposa Gracinha Caiado. É um cabo eleitoral de peso, pelo carinho que tem.
- Na janela partidária, 14 vereadores mudaram de partido. 9 permaneceram nas legendas em que estavam.
- Formam bancadas com mais de um vereador: MDB (04), PL (03), Republicanos (02), PSB (02) e PP (02).
- Bancadas de um só vereador: Agir, PDT, PT, PRTB, UB, PSDB, PV, Avante, Podemos e Cidadania.
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