Existem, no Brasil, calculadamente, 33 milhões de aposentados/pensionistas, só no Regime Geral de Previdência (INSS). Eles eram 30,7 milhões no final do ano passado (2019), segundo a PNAD (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua), publicada pelo IBGE. É um contingente de homens e mulheres bem maior do que as populações de muitos países, pelo mundo afora. Mas, é uma massa, praticamente, ignorada pelos governantes.
A falsa impressão e a imagem distorcida de que o aposentado vive bem, fica em casa descansando, tem dinheiro no banco e viaja quando quer, é a mais irônica (para não dizer debochada) possível. Aposentado, no Brasil, salvo raras e honrosas exceções, principalmente do serviço público, é sinônimo de dor, de sofrimento, de falta de remédio, de comida e de assistência social. Em sua maioria, são verdadeiros seres invisíveis para os que governam este País, os estados e os municípios. Regra quase que geral.
De acordo com a pesquisa, quase 15 por cento da população brasileira têm rendimentos de aposentadoria ou pensão. É a maior proporção da série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2012. A maioria esmagadora, ou a quase totalidade, recebe um salário mínimo, ou, pouco mais do que isto. E, o cruel de tudo é que estas ninharias, em grande parte das vezes, ainda são repartidas com filhos; genros, noras, netos e outros familiares.
E, para piorar, no segundo semestre do ano passado, o Congresso Nacional promulgou a emenda constitucional da reforma da Previdência, que previa a redução do déficit nas contas da Previdência Social, calculando uma economia de cerca de 800 bilhões de reais ao longo de dez anos. Os aposentados e pensionistas foram “escolhidos” para pagarem esta conta. Aposentar ficou mais difícil. Em vez de estancar a sangria dos cofres públicos representada por escândalos e mais escândalos, o Governo preferiu retardar o merecido descanso da massa trabalhadora que sustenta esta Nação.
Outro golpe que os aposentados estão prestes a receber, ainda este ano, é a não aprovação do projeto que prevê o pagamento de um “décimo quarto salário”, por conta da pandemia do novo coronavírus. O projeto descansa em alguma prateleira do Senado Federal, sem perspectiva de que seja apreciado. Mas, deputados, senadores e outros políticos, estes sim, têm 14, até 15 vencimentos por ano. Eles podem. Os aposentados, não! E saber que, segundo o IBGE, em média, a aposentadoria e a pensão representam 20,5% dos rendimentos da população brasileira, percentual igual ao registrado em 2018. Mas, aposentado não vota, ou, não é obrigado a votar…
Mirabolantes
A julgar pelos anúncios dos candidatos a prefeito de Anápolis, qualquer que seja o vencedor em 15 (ou 29) de novembro, a partir do ano que vem, o Município será o novo “eldorado do cerrado”. Isto porque, nas peças publicitárias consta a relação de obras de primeiro mundo, coisas de bilhões de reais, inalcançáveis, até para orçamentos dos governos estaduais e do próprio Governo Federal. Os candidatos, entretanto, ainda não conseguiram explicar para o eleitor, de onde tirarão tanto dinheiro para tanta obra.
Talvez o povo ficasse mais feliz em ter resolvidas as questões da água potável; da falta de creches; de mais leitos hospitalares; de um trânsito mais racional, de políticas inteligentes para fomentar-se a economia e outros aparelhos bem mais baratos do que os mostrados na propaganda eleitoral. O eleitor, entretanto, não é mais tão inocente como em épocas passadas. Aliás, ele é bem informado e sabe até aonde vai o poder de convencimento de cada candidato. Portanto, senhores candidatos: não mintam para o eleitor. Isto pode lhes custar muito caro…
Cadê o Aedes?
Personagem principal das políticas de saúde pública nas últimas décadas, o mosquitinho Aedes aegypti sumiu da mídia. Agora, não se fala em outra coisa que não seja de um ser muito menor ainda: o novo coronavírus, causador da covid-19 que assola o mundo. Só que, enquanto todo mundo se preocupa com o coronavírus, o Aedes ganha espaço, avança contra a população e nunca deixou de fazer vítimas, muitas vítimas. A dengue, que ele transmite, continua mais presente do que nunca, ao levar muita gente para o hospital e para o cemitério. Poucos percebem isto, mas, é a mais pura realidade. Os números não mentem. E, a chegada do período chuvoso é mais do que convidativa para a proliferação desse mosquito. Só que, ele deixou de dar IBOPE. Como aconteceu com a AIDS, com o câncer e com outras doenças tão (ou mais) fatais como a covid.
Tecnologia
A Comarca de Vianópolis cidade que fica na região da Estrada de Ferro, realizou, na última terça-feira (3), sessões plenárias do Tribunal do Júri, de forma presencial e seguindo todos os protocolos de segurança contra a disseminação do novo coronavírus. As sessões foram transmitidas ao vivo pelo canal do Youtube da Comarca. Seguindo as recomendações do Conselho Nacional de Justiça, os julgamentos foram restritos à presença do juiz presidente, representante do Ministério Público, advogados, servidores designados, acusados, vítimas, testemunhas e jurados. A tecnologia a serviço da Justiça.
Direto ao ponto
Não se, vê entre as propostas dos candidatos a prefeito de Anápolis, este ano, uma alusão mais consistente sobre o centro comercial da Cidade. A propalada revitalização, anunciada por seguidas administrações, nunca aconteceu, de fato. Com isso, o que se vê são dezenas de pontos comerciais fechados, iluminação precária e outras deficiências.
Na semana que passou, mais um acidente com vítima fatal foi registrado no trecho da BR 153 (Belém-Brasília) na região de Interlândia. O citado percurso tem se tornado em um dos mais perigosos em todo o Município, devido à multiplicação de desastres ali ocorridos. Tudo indica serem falhas humanas, segundo as autoridades competentes.
Pelo menos de forma oficial, nada se sabe sobre o futuro do Campeonato Goiano de Futebol deste ano, interrompido por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus. Tem-se (quase) como certo que, pela primeira vez, um campeonato goiano será anulado. O que se sabe é que os times foram desmontados e não há dinheiro para contratações.
Vendas natalinas
Em que pese o forte efeito da pandemia do coronavírus, causador da profunda crise econômica por que o Brasil atravessa, alguns setores do comércio apostam em uma reação nas próximas semanas. Primeiro, o projeto Black Friday que já se tornou tradicional no Brasil, embora seja originalmente da cultura norteamericana. Depois, o Natal em si, cujo apelo comercial é indiscutível. Inclusive, há quem diga que, o Natal, em seu aspecto comercial, tem muito a ver, também, com a cultura ianque. Vai saber…
De volta, o João
Depois de longa ausência, “João Peroba” voltou a circular pelas noites anapolinas. Esta semana, em seu melhor estilo, ele tornou a filosofar, desta feita, sobre a sucessão municipal. “Aqui em Anápolis, eleição é diferente de tudo o que existe no Brasil. Já vi candidato sair do zero e ganhar eleição. Já vi candidato que mandou fazer o terno de posse e ter de guardar por quatro anos”. Não deixa de ter razão o “João Peroba”. É isso mesmo.