A final do Campeonato Goiano de 2022 está definida. E, infelizmente, sem surpresas anapolinas desta vez. Atlético Goianiense e Goiás confirmaram presença na decisão do campeonato após despacharem, respectivamente, Vila Nova e Iporá nas semifinais. O primeiro jogo da finalíssima está marcado para este sábado, dia 26, no estádio Antônio Accioly. Pela melhor campanha, os esmeraldinos decidem em casa, na Serrinha, no outro sábado (02).
Força da Série A
A final reúne, coincidentemente ou não, os únicos representantes do Estado na elite do futebol brasileiro. O Dragão foi 9º na última edição da Série A, em campanha surpreendente, enquanto o Goiás foi vice-campeão da Série B e garantiu o acesso para esta temporada. De fato, dentro do Goianão, ambas equipes formaram os elencos mais competitivos, dispondo de maior verba que os rivais.
No entanto, vaga nas competições nacionais não significaram muito na disputa do Estadual. A Aparecidense, atual campeã da Série D e com vaga na 3ª divisão nacional, sequer avançou ao mata-mata. O Grêmio Anápolis, dono do título goiano no último ano e com vaga na Copa do Brasil, foi outro clube que decepcionou e quase se viu rebaixado após a maior conquista da sua história.
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Por outro lado, outros times também mostraram força, mesmo em divisões mais modestas do futebol brasileiro. O Anápolis, presente na Série D desta temporada, surpreendeu e alcançou o mata-mata com a segunda melhor campanha da fase de grupos. No entanto, acabou tropeçando na pedra chamada Iporá pelo caminho, que foi outra grata surpresa do Goianão 2022. O Lobo-Guará se transformou da água em vinho a partir do returno e ainda finalizou seu trajeto no Estadual com vitória diante do Goiás, na Serrinha.
Treinadores e destaques
Retornando ao foco de Atlético e Goiás, as equipes tiveram outra coincidência em meio ao Goianão: a troca de treinadores. O Dragão começou com Marcelo Cabo, mas logo teve de trocar por Umberto Louzer. Já os esmeraldinos iniciaram o ano com o interino Glauber Ramos, cogitaram técnicos estrangeiros, mas acabaram com Bruno Pivetti no cargo. No entanto, Pivetti foi demitido nesta quinta (24) e Glauber retornou ao posto.
Os comandantes trouxeram novos modelos de jogo e alçaram destaques dentro do plantel. Pivetti, por exemplo, enquanto técnico do Verde, tornou o Goiás uma máquina ofensiva, embora a defesa esteja aquém. Nicolas e Pedro Raul, embora não atuem sempre juntos no time titular, ocupam a ponta da artilharia do Estadual, com sete gols cada.
Pelo lado rubro-negro, os centroavantes não desencantaram desde o início, principalmente Dellatorre (que até já deixou o clube). Por outro ponto de vista, o coletivo se sobressaiu, com destaques pontuais para Wellington Rato, Dudu e Shaylon. O último, meia ex-São Paulo, mostrou dinamismo em várias posições do campo e contribuiu com gols e assistências. Ao contrário do rival, demonstrou mais equilíbrio defensivo.
De qualquer modo, a tendência é que a final seja acirrada. O Goiás retorna à decisão depois de três temporadas, encarando o mesmo adversário de sua última presença. O Dragão busca firmar-se como força principal do Estado com outro título estadual.