Senha vulnerável facilitou o roubo de joias da coroa francesa avaliadas em US$ 102 milhões
O roubo de joias da coroa francesa no Museu do Louvre revelou falhas graves na segurança do local. As peças, avaliadas em US$ 102 milhões (cerca de R$ 500 milhões), foram levadas após criminosos explorarem vulnerabilidades básicas no sistema de vigilância.
Segundo o jornal francês Libération, uma auditoria identificou que o museu usava a senha “Louvre” para acessar o sistema de segurança, considerada “trivial” pela Agência Nacional de Segurança Cibernética da França (ANSSI). O relatório ainda apontou a utilização de softwares obsoletos e a falta de cobertura adequada das câmeras externas, fatores que facilitaram a ação dos invasores.

Foto: © Abdul Saboor / Reuters / RFI
Falhas antigas
As vulnerabilidades eram conhecidas desde 2014, quando especialistas conseguiram invadir a rede de segurança, manipulando câmeras e crachás de acesso. Apesar dos alertas, o museu manteve o Windows Server 2003, sistema sem suporte do fabricante.
Além dos problemas tecnológicos, relatórios indicaram que obras internas e acesso facilitado a áreas restritas agravaram os riscos. A auditoria classificou o conjunto de falhas como resultado de gestão negligente e práticas de segurança ultrapassadas.
Crime amador
De acordo com a promotoria de Paris, o roubo foi executado por criminosos amadores. A promotora Laure Beccuau informou à rádio franceinfo que os quatro presos — entre eles, a namorada de um dos suspeitos — não pertencem a grupos de crime organizado.
Durante a fuga, os assaltantes derrubaram a coroa da Imperatriz Eugênia, feita de ouro, esmeraldas e diamantes, abandonaram ferramentas e falharam ao tentar incendiar o caminhão usado no transporte. O caso segue sob investigação, enquanto o Louvre enfrenta críticas por falhas de segurança consideradas inadmissíveis em um museu de renome mundial.
Com informações Infomoney.
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