Encaminhado projeto de lei que cria o “Dia do Motociclista” para chamar a sociedade para uma melhor reflexão sobre esta realidade
O exponencial aumento da frota nacional de motocicletas, também, desperta o interesse em se entender melhor esse fenômeno social irreversível: esses veículos estarão, cada vez mais, presentes nas ruas das pequenas, médias e grandes cidades brasileiras.
Daí, a necessidade de criarem métodos e meios para uma convivência harmônica entre motociclistas e condutores de outros veículos motorizados, e, até, com os pedestres. O Brasil registra um alto índice de desastres que envolvem as motos empregadas em atividades laborais, transporte de bens, pessoas e serviços, além do emprego esportivo e de lazer.
Com base nessas informações, o Senado Federal acaba de aprovar um dispositivo que pretende chamar a atenção da sociedade como um todo, para a realidade das motos, que, em poucos anos, estarão em igualdade numérica com os automóveis, utilitários e caminhões no Brasil.
A proposta que cria o Dia do Motociclista, em 27 de julho, e a Semana Nacional de Prevenção a Acidentes com Motociclistas foi aprovada na Comissão de Educação e Cultura. Agora, a matéria oriunda da Câmara dos Deputados, segue para sanção presidencial.
O texto recebeu parecer favorável do relator, senador Marcos Rogério (PL-RO), e foi relatado pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). A iniciativa altera o Código de Trânsito Brasileiro, ao definir que a semana será aquela que compreender o dia 27 de julho. O objetivo é conscientizar a sociedade sobre os crescentes índices de morte no trânsito envolvendo motociclistas.
Os números
De acordo com o relatório do Senador Marcos Rogério, o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de 2020 demonstra que, naquele ano, mais de 61% das lesões no trânsito, responsáveis por mais de 190 mil internações pelo SUS, foram de motociclistas.
Estes condutores envolvem-se em lesões de trânsito com consequências mais graves, o que gera grande impacto social e econômico no País. Em relação à mortalidade, as lesões de trânsito foram a primeira causa na faixa de 5 a 14 anos e a segunda nas faixas de 15 a 39 anos, no total de 32.716 óbitos. Desses, 36,7% eram motociclistas.
É sabido que as lesões de trânsito representam um grave problema de saúde pública global, quando se constata sua incidência entre as dez principais causas de morte em países de baixa e média rendas e a sexta causa no indicador Daly, que mede o impacto da deficiência na qualidade e expectativa de vida.
Além dos custos hospitalares, os acidentados acabam, muitas das vezes, desprovidos da possibilidade de trabalho e experimentam, assim, situações de pobreza e miséria. Em caso de morte, os custos recaem sobre a Previdência Social”, afirma o Senador Hamilton Mourão ao ler o voto.
(Nilton Pereira com informações da Agência Senado).
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