“Os custos elevadíssimos, não tem receita para atender os recursos e a situação está muito grave”, ressalta presidente do SETRAN
O preço da gasolina comum ao consumidor subiu pela segunda semana seguida e atingiu o valor médio no país de R$ 7,270 o litro, o mais alto já registrado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O maior valor antes registrado foi na semana de 13 a 19 de março, no qual o combustível estava sendo comercializado a R$ 7,267, atingindo na primeira vez valores acima de R$ 7.
De acordo com dados do Sistema de Levantamento de Preços (SLP) da ANP, na semana entre 17 e 23 de abril, a média por região foi menor no Sul, com R$ 7,109, e maior no Centro-Oeste, com R$ 7,440. O maior valor encontrado para a gasolina foi R$ 8,559 e o menor, R$ 6,190. A pesquisa envolveu 5.235 postos de combustíveis.
A escalada do preço da gasolina se acentuou no ano passado. A primeira vez que o litro da gasolina comum passou de R$ 5 foi em março do ano passado, quando os postos do país cobraram, em média R$ 5,484 pelo litro do combustível. Em setembro do ano passado, o valor atingiu R$ 6,078.
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Consequência dos aumentos
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Anápolis (SETRAN), Sulaimen Bittar, atualmente o diesel é o insumo mais caro para o transportador.
De acordo com o representante da categoria, anteriormente, o insumo representava 30% dos custos do transporte, porém, com o valor defasado do frete, o insumo passou a representar 50% dos custos, ou seja, a metade.
“As transportadoras hoje estão passando por uma fase muito ruim, porque além disso, tem o pneu que dobrou de preço e a bateria que também dobrou de preço. Então subiram muitas outras coisas, mas não foram contempladas no frete”, explica o presidente.
De acordo com o presidente, as transportadoras passam por uma das piores fases que os transportadores já vivenciaram.
“Os custos estão elevadíssimos. Não tem receita para atender os recursos e a situação está muito grave”, lamenta Bittar.