A informação é da gerente de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) da Prefeitura de Anápolis, Patrícia Godói.
Segundo ela, é um número já bastante considerável.
Conforme disse, há uma cultura errada por parte de muitas pessoas de que, passado o período de chuvas, pode-se baixar a guarda nas medidas preventivas de combate ao mosquito da dengue.
O Aedes aegypti, vale ressaltar, além de causar a dengue, é também vetor de outras doenças como a chykungunya, zika vírus e febre amarela urbana.
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Patrícia Godói ressalta que 90% dos focos do mosquito transmissor da dengue se encontram dentro das residências.
Dessa forma, diz, não adianta a Prefeitura colocar um batalhão de agentes de combate à dengue na cidade, se a população não fizer a sua parte.
E isso não é difícil. Com poucos minutos de dedicação diária, é possível recolher nos quintais, por exemplo, objetos como pneus, garrafas e até tampinhas embalagens que podem servir de criadouro para o mosquito.
Também vale lembrar que, nos casos mais graves, a dengue pode levar a óbito. Em Anápolis, ano passado, foram 11 registros oficiais de mortes.
Acumuladores
Ainda de acordo com Patrícia Godói, em Anápolis há muitos casos de acumuladores, ou seja, de pessoas que têm uma espécie de compulsão em guardar objetos os mais diversos.
Uma situação relatada é de uma residência onde foi necessária a intervenção para retirada de objetos acumulados, nada menos de 50 toneladas.
Contudo, observa a gerente, são casos específicos que, muitas vezes, envolvem pessoas que têm algum tipo de transtorno mental. E, são também casos em que se faz necessário buscar apoio junto ao Ministério Público, para que as equipes possam adentrar nos locais.
Mapa
De acordo com a Semusa, os setores com maior número de casos notificados de dengue, até o momento, são: Bairro de Lourdes (144), Centro (68), Jaiara (65), Recanto do Sol (59) e Parque Residencial das Flores (56).