As exportações e as importações feitas através de Anápolis, embora tenham registrado baixo volume no mês de fevereiro último, fecharam o primeiro bimestre do ano com bons resultados. As vendas externas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDIC) obtiveram um aumento de 76,15%, na comparação com o primeiro bimestre de 2012. Já, as compras externas registraram um aumento de 26,02%, em relação ao mesmo período.
No primeiro bimestre deste ano, o volume das exportações chegou a US$ 25,7 milhões, sendo que em janeiro, o valor das transações foi de R$ 18,1 milhões e, em fevereiro, apenas, US$ 7,5 milhões. Em fevereiro de 2012, no entanto, as vendas externas foram ainda menores – US$ 2,2 milhões, o que representou uma diferença de 231,7% na comparação entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2013.
As importações somaram, no primeiro bimestre deste ano, US$ 376,2 milhões, sendo US$ 213,6 milhões referente a janeiro e US$ 162,6 milhões apurado em fevereiro. Neste mesmo mês, no ano passado, o volume foi de US$ 202,8 milhões, uma queda de 19,85% na comparação.
A soja e seus derivados, carnes e medicamentos continuam liderando a pauta das exportações feitas por Anápolis. Já as importações são puxadas, principalmente, por insumos para a indústria farmacêutica, automóveis e peças e componentes diversos de automóveis.
Nesta divulgação da balança comercial, há algumas curiosidades: três países africanos constam na lista de participação dos principais destinos das exportações feitas por Anápolis: Líbia (7º); Nigéria (8º) e Moçambique (10º). Na segunda posição, surgem as Ilhas Cayman, que compõem um território britânico no Caribe, ao sul de Cuba. Os demais destinos são: França (3º); Hong Kong (4º); China (5º); Cuba (6º) e Argentina (9º).
Os principais países fornecedores, por sua vez, são: Coréia do Sul (1º); Estados Unidos (2º); Alemanha (3º); Suíça (4º); China (5º); Índia (6º); México (7º); Japão (8º); Itália (9º) e Colômbia (10º).
No ano passado, as exportações feitas por Anápolis alcançaram a marca recorde na série histórica (desde a divulgação do primeiro resultado, no ano de 2000) no valor de US$ 245,7 milhões. Já, as importações somaram US$ 2,249 bilhões, ficando bem abaixo da melhor marca histórica, registrada em 2011, com o volume de US$ 3,169 bilhões.
Desde o início da série histórica, os números da balança comercial (exportações menos importações) têm apresentado déficits. No primeiro bimestre deste ano, o déficit foi de US$ 350,5 milhões. No ano passado, foi de US$ 2 bilhões. Essa situação, de acordo com economistas, se explica em razão de o Município ser grande importador de insumos industriais, sobretudo, para as indústrias do pólo farmoquímico e a indústria automotiva.
Goiás
O Estado de Goiás alcançou o melhor resultado da balança comercial no mês de fevereiro, desde o ano de 2003. No mês passado foram exportados US$ 389,964 milhões, e, importados US$ 331,751 milhões, saldo positivo de US$ 58,212 milhões. No mesmo período do ano passado, o saldo da balança foi negativo em US$ 41,247 milhões. Os números foram apresentados pelo secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Baldy. “No acumulado do primeiro bimestre de 2013 nós crescemos quase 7,5% frente ao primeiro bimestre de 2012. Isso consolida nossa economia e nossas exportações”, destaca o secretário.
No comparativo com a balança nacional, em fevereiro de 2012 o Brasil exportou US$ 18,02 bilhões, e Goiás US$ 380,96 milhões (participação de 2,11%). Já em fevereiro deste ano as exportações brasileiras alcançaram US$ 15.551 bilhões, enquanto que as goianas chegaram a US$ 389,964 milhões, aumentando a participação goiana nas exportações brasileiras para 2,51%.