Baratas não são apenas incômodos domésticos: elas podem transmitir mais de sete tipos de doenças e agravar quadros de asma e rinite. Esses insetos carregam milhões de microrganismos, incluindo bactérias, vírus, fungos, protozoários e ovos de vermes, que podem contaminar alimentos e superfícies ao circular por lixo, esgoto e restos de comida.
Espécies comuns
As mais encontradas no Brasil são a Periplaneta americana, maior e marrom-avermelhada, presente em esgotos e locais úmidos, e a Blattella germanica, menor e marrom clara, conhecida como paulistinha e frequentemente encontrada em cozinhas. Segundo Rodrigo Gurgel, professor de Parasitologia e Entomologia Médica da Universidade de Brasília (UnB), a Periplaneta americana apresenta maior potencial de transmissão de doenças por frequentar ambientes mais contaminados e carregar elevada carga bacteriana no intestino.
Formas de contágio
A ingestão de alimentos por onde a barata passou é a principal via de infecção, alertam especialistas. Pessoas alérgicas podem ter crises de rinite, sinusite, bronquite e asma, enquanto crianças, idosos e imunossuprimidos estão mais propensos a complicações graves.
Doenças transmitidas
Entre as principais doenças associadas às baratas estão:
- Salmonelose e febre tifóide: infecções bacterianas causadas por Salmonella spp., provocando diarreia, febre e risco de complicações graves.
- Diarreias: causadas por Escherichia coli e Shigella spp., gerando diarreia intensa, febre e dor abdominal, podendo levar à desidratação.
- Hepatite A: vírus que afeta o fígado, causando icterícia (amarelamento da pele e olhos), fadiga e náuseas.
- Rotavirose: virose comum em crianças, caracterizada por diarreia aquosa e vômitos.
- Candidíase: infecção fúngica por Candida spp., que pode atingir boca, pele e trato genital.
- Amebíase e giardíase: provocadas por protozoários (Entamoeba histolytica e Giardia lamblia), causando diarreia, dor abdominal e perda de peso.
- Verminoses: como ascaridíase (Ascaris lumbricoides), tricuríase (Trichuris trichiura), ancilostomíase (Ancylostoma spp.) e teníase (Taenia spp.), afetando o intestino e a absorção de nutrientes.
Prevenção eficaz
Para reduzir riscos, especialistas recomendam manter a casa limpa, armazenar alimentos em recipientes fechados, eliminar acúmulo de lixo e vedar frestas e ralos. Dedetizações preventivas e barreiras físicas, como telas em portas e janelas, também ajudam a proteger a família, evitando contato com microrganismos perigosos
Junte-se aos grupos de WhatsApp do Portal CONTEXTO e fique por dentro das principais notícias de Anápolis e região. Clique aqui.