A Base Aérea de Anápolis receberá novos ‘moradores’ até o fim do primeiro semestre de 2022. Tratam-se dos caças militares Gripen, produzidos na Suécia e adquiridos pela Força Aérea Brasileira (FAB). Ao todo, são quatro aviões, com dois deles chegando ao Brasil no início do próximo ano, de acordo com a fabricante Saab.
Depois de chegarem, serão levados para o Centro de Ensaios de Voo do Gripen, em Gavião Peixoto (SP). Por lá, pilotos da FAB, da Embraer e da Saab farão ensaios de voo para dar aos caças militares o Certificado de Tipo Militar, a autorização para a entrada em uso de fato pelo 1º GDA (Grupo de Defesa Aérea), em Anápolis.
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O Gripen venceu uma longa competição, dividida em duas licitações, que durou de 2001 a 2013. Em 2014, o contrato para a aquisição de 36 aviões foi fechado por 39 bilhões de coroas suecas (cerca de R$ 24 bilhões hoje), a serem financiados por 25 anos —os valores orçamentários gastos agora entram como crédito.
No Brasil, o plano é que gradativamente a frota de combate a jato seja unificada no Gripen, substituindo o os caças F-5 e os aviões de ataque a solo AMX. O GDA hoje usa de forma provisória o F-5, que não foi desenhado para missões de interceptação, principal objetivo do chamado Esquadrão Jaguar.
KC-390 Millennium
Observadores da indústria apontam que a FAB resolveu passar a tesoura em outra joia de sua coroa, o cargueiro militar KC-390 Millennium, da Embraer. A encomenda de 28 aeronaves foi reduzida para talvez 13, e os valores estão sendo renegociados, um movimento que desagradou muito a empresa brasileira.
Entre militares, corre uma especulação de que a redução de gasto com o KC-390 pode prenunciar o anúncio da compra de uma nova leva de Gripen, como é o desejo da FAB desde os anos 2000. Não há indícios concretos disso ainda.