Tamanho da base
Muito se tem especulado em relação à base de apoio ao prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), na Câmara Municipal.
É certo que ele terá, sim, maioria para garantir a governabilidade. Agora, o que se espera é ver quais serão, de fato, os vereadores que farão efetiva oposição e quais aqueles que poderão adotar uma postura de independência, ou seja, nem tão base e nem tão oposição. Não há nada que regule isso.
Essa definição de como caminhar ela é exclusiva de cada vereador, ainda que mesmo dentro de uma mesma bancada.
Só com o andar da carruagem, ou seja, após a retomada das atividades em plenário no Legislativo, é que esses posicionamentos começam a ficar mais claros.
Aliados estratégicos
Já contando com uma base certa de apoio para governar, o prefeito Márcio Corrêa tem também seus aliados à frente do comando da Casa de Leis: a presidente, vereadora Andreia Rezende (Avante) e o vice-presidente, vereador José Fernandes (MDB).
Aguarda-se, agora, a definição para a presidência das comissões técnicas, sobretudo, a de Constituição, Justiça e Redação, que é a mais importante e, claro, aliados a Márcio vão querer, certamente, alguém da base em seu comando.
Nas redes
Não é só por aqui que políticos utilizam as redes sociais para se mostrarem em atividade.
Nos Estados Unidos, o Republicano Donald Trump, que assumiu pela segunda vez a presidência do país, apareceu no seu perfil assinando dezenas de decretos. Muitos deles polêmicos e que estão repercutindo mundo afora.
E tem chamado atenção esse início do governo Trump não só pelos atos, mas também pelas palavras. Em relação ao Brasil e a América Latina, seu tom foi quase de desprezo.
Não é gesto de um estadista. EUA precisa, sim, do Brasil e o Brasil precisa do “Tio Sam”. Economia globalizada.
Auxílio-representação
Os 41 deputados estaduais receberam junto com o primeiro salário pago neste ano de 2025, o tal auxílio-representação.
É uma espécie de gratificação que cada um passa a ter de direito (conforme lei aprovada na Casa, no final de 2024), no valor de R$ 11,5 mil e que se juntará ao vencimento bruto dos parlamentares, que é na casa de R$ 39 mil.
Assim, cada um deve receber R$ 50 mil mensalmente. Sem entrar no mérito do merecimento (ou não) poderia ter sido dada uma outra nomenclatura, porque representação já é algo intrínseco à atividade parlamentar. Ou, não?
O bolso agradece, mas não deixa de trazer desgaste, tanto para os deputados quanto para o Poder Legislativo em si.
Contudo, brasileiro- e os goianos não fogem à regra- têm memória curta e até a próxima eleição talvez, não se fala mais nisso.
LOA Goiás
O projeto da Lei Orçamentária do Estado de Goiás para o exercício de 2025 prevê um total de receitas e despesas estimado em mais de R$ 49,4 bilhões.
A folha de pessoal, incluindo os benefícios aos servidores, permanece sendo o maior componente do orçamento.
Para 2025, a previsão total é de R$ 27,65 bilhões, distribuídos entre servidores ativos e inativos, já considerando possíveis acréscimos obrigatórios, bem como o déficit previdenciário.
Desse montante, R$ 13,42 bilhões estão reservados para os servidores ativos do Poder Executivo e R$ 8,06 bilhões para os inativos. A matéria já foi aprovada de forma definitiva na Alego, com mais de mil emendas apresentadas pelos 41 deputados.
- Entre dezenas e dezenas de nomeações para cargos em comissão na Administração de Márcio Corrêa (PL), uma dela chamou atenção e teve grande repercussão, que foi a de Tatiany Mariany Miranda da Costa, destacada para a Assessoria do Prefeito e Vice-Prefeito. Isso, pelo fato de Tatiany ser esposa de Walter Vosgrau (MDB), que é o vice-prefeito da cidade. Contudo, a medida foi revogada em ato posterior, em suplementação do Diário Oficial.
- Após deixar o cargo de Prefeito, Roberto Naves (republicanos), reapareceu em um vídeo retomando sua atividade profissional como proprietário de colégio. Naves volta, portanto, a ser o Roberto do Órion.
- O vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Domingos Paula (PDT), que é pontos nas “horas vagas”, lançou uma ação para sortear duas residências para receber o seu trabalho. Claro, de pessoas mais carentes. Ele vem dando detalhes nas suas redes sociais.
- Surge aqui e ali– mas nada de oficial- a conversa de que Lula (PT) poderia não disputar a reeleição para a presidência, em 2026. Seria uma mudança de cenário bem significativa. Mas, pode ser apenas conversa e, daqui até lá, muita água para rolar debaixo da ponte.
- E a candidatura do governador Ronaldo Caiado decola, ou não decola? É também algo que gera expectativa e que pode mexer no tabuleiro político goiano.
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