Apesar de contar com aprovação unânime ao projeto que solicitava autorização legislativa para a liberação de recursos na ordem de R$ 200 mil a fim de viabilizar a realização do Grand Prix de Futsal, a liderança do prefeito Antônio Gomide na Câmara Municipal foi alvo de críticas de parlamentares da própria base governista. O motivo: a pressa na aprovação de matérias oriundas do Executivo.
O pedido de recursos para o evento esportivo foi um caso clássico e até “sui generis”. O projeto foi encaminhado para a Casa de Leis na terça-feira, 9. No mesmo dia, foi lido em plenário. A líder do prefeito, vereadora Dinamélia Ribeiro de Oliveira (PT), solicitou que a sessão ordinária que estava acontecendo fosse interrompida por cinco minutos, para que os vereadores membros das comissões técnicas se reunissem e emitissem os pareceres, possibilitando a colocação do projeto na pauta para a primeira votação. A reunião durou 15 minutos.
De volta ao plenário, os vereadores iniciaram o processo de votação dos projetos relacionados para a Ordem do Dia. Além da doação de recursos para o Grand Prix, outra matéria que estava fora do expediente foi incorporada, dispondo sobre solicitação de autorização legislativa para a realização de convênios visando a celebração de eventos da programação do aniversário da cidade. A vereadora Miriam Garcia (PSDB), inseriu neste último projeto uma emenda, prevendo que 10 dias antes do pagamento dos contratos firmados, fosse encaminhada à Câmara Municipal, a documentação dos convênios, para fins de consulta por parte dos vereadores interessados.
Com estas duas novas propostas em pauta, a discussão avançou até após as 18 horas, sendo que havia, naquele dia, uma sessão especial para celebrar os 70 anos do Colégio São Francisco, agendada para às 17 horas.
O vereador Carlos Antônio (PSC) puxou o bloco dos descontentes, afirmando que a Casa não poderia votar projetos de forma atropelada, afirmando que do jeito que foi dado encaminhamento, os vereadores estariam apenas “carimbando” o projeto, sem analisar ou discutir. Ele citou, inclusive, que o Grand Prix já havia sido anunciado oficialmente. Também o vereador Mauro Severiano (PDT) criticou a velocidade de tramitação das matérias, sem espaço para discussão. Para ele, a Procuradoria do Município deveria ser mais ágil no encaminhamento das proposituras de interesse do Executivo.
O vereador Márcio Jacob (PTB) fez as críticas mais ásperas, dizendo que apóia o chefe do Executivo, mas que os encaminhamentos de projetos não poderiam se dar daquela forma, fazendo os vereadores votarem de afogadilho. Ele também criticou o encaminhamento dado pelo presidente da Casa, vereador Sírio Miguel (PSB), principalmente em relação à votação do projeto sobre os convênios para o aniversário da cidade e a emenda da vereadora Miriam Garcia, que acabou sendo mal interpretada por grande parte dos vereadores, porque não houve tempo para discutir antes da votação. O Presidente Sírio Miguel, inclusive, tentou impedir o desabafo do vereador Márcio Jacob.
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