País dos feriados
Os feriados nacionais, ao longo do ano de 2020, devem causar um prejuízo de R$ 19,6 bilhões ao comércio varejista, calculou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Este ano terá mais feriados nacionais em dias úteis do que ocorreu no ano passado. Em 2019, o comércio varejista e atacadista teve um prejuízo de R$ 17,4 bilhões com os feriados nacionais. Os segmentos de supermercados, lojas de utilidades domésticas e estabelecimentos de vestuário e calçados respondem, juntos, por 56% do emprego no comércio varejista brasileiro. Não estão computados os feriados municipais e, nem, os estaduais.
Falou demais…
A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul manteve a sentença que determinou a revogação de bens a um homem após reconhecer a “ingratidão” da ex-mulher. Parte de um imóvel em Cachoeira do Sul (RS), de uma casa de praia em Imbé (RS) e uma empresa – bens entregues a ela durante a partilha de bens do casal – deverão voltar ao nome do ex–marido pelo fato de ela ter dito, após o divórcio, que ele era “sujo”; “ladrão”, “golpista” e “estelionatário”. A decisão foi dada por unanimidade quando os desembargadores negaram recurso da mulher contra a decisão de primeiro grau.
A preocupação do Senhor Rodrigo
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, esta semana, que continuará trabalhando para que o Supremo Tribunal Federal mude a interpretação da lei que garante o benefício para 194 filhas solteiras de ex-parlamentares e ex-servidores, a um custo anual de R$ 30 milhões. Isto dá uma média mensal de R$ 12.886,59 para cada. A pesquisadora Helena Hirata, por exemplo, que mora, há 49 anos, em Paris recebe R$ 16.881,50 por mês, apenas, por ser solteira e filha de ex-deputado. Ela disse que não precisa desse dinheiro e que nem sonha em voltar ao Brasil.
Claro que o caso dela não é único e, nem, o mais escandaloso. O Senhor Rodrigo Maia, entretanto, joga para a torcida. Ele sabe que são direitos adquiridos e que não tem como voltar no tempo. Este direito só cessará quando essas mulheres falecerem. O erro foi lá atrás, quando se criou esta anomalia administrativa que, por sinal, já foi extinta. E, se ele olhar para dentro da própria Câmara Federal, do Senado da República e dos chamados tribunais superiores, vai ver que lá, entre eles, os inumeráveis desmandos causam prejuízos, milhares de vezes maiores do que as pensões para as citadas idosas. Ninguém defende, por certo, este tipo de regalia, coisa que vem desde 1958. Mas, é uma grande farsa; uma grande hipocrisia, uma grande insensatez e uma grande demagogia, atribuir a estas idosas, a culpa por tais circunstâncias.
Certamente que os 30 milhões de reais que vão para as contas delas, não são nada, ao se comparar com o que o Congresso Nacional e os tribunais, em Brasília, torram com banquetes e mais banquetes regados a vinhos internacionais, aos peixes importados, às centenas de cargos para apaniguados, para parentes e protegidos dos senhores e senhoras deputados, deputadas, senadores, senadoras, ministros e ministras. Muitos dos quais não sabem, sequer, onde fica Brasília. Mas, que, pontualmente, todo mês, veem cair generosas quantias em dinheiro nas respectivas contas bancárias.
O senhor Rodrigo Maia, sabe, e muito bem, que as pensões pagas a estas senhoras, embora injustas, são legais e ele (nem ninguém) não está acima da lei. Outra coisa que o Presidente da Câmara Federal, por certo, sabe, é que, o que se gasta com passagens de avião, carro com motorista 24 horas por dia; 60 dias de férias e outras regalias, daria para construir não só as quinhentas casas populares que ele mencionou, mas, milhares e milhares de unidades habitacionais populares. Ocorre que, no Brasil, é assim mesmo. Vai chegando o tempo das eleições, os políticos começam a se mostrarem bons moços e boas moças, como se o povo não soubesse o que eles andam a fazer com o dinheiro do povo.
Nossa Galeria
Uma das grandes atrações culturais em Anápolis é a galeria “Antônio Sibasolly”, que voltou a funcionar no Palácio da Cultura, na Praça Bom Jesus. Palácio que, por sinal, passou por completa reforma e está muito atrativo. A responsabilidade pelo zelo e pela exposição pública da Galeria é do Professor Paulo Henrique Silva, com certeza, uma das maiores autoridades em termos de artes plásticas em Anápolis. Sem contar que ele é autor de vários projetos que resultaram no carreamento de recursos financeiros para a política de incentivos às artes plásticas em Anápolis. Pode-se afirmar que o Museu e a Galeria de Artes de Anápolis estão “em boas mãos”.
Direto ao ponto
Prestes a deixar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o vereador Jakson Charles tem dado um verdadeiro show à frente da pasta, com a entrega de grandes realizações. Ele se afasta para tentar um novo mandato na Câmara Municipal. Vai fazer falta.
Por conta das orientações da nova “Lei de Abuso de Autoridade” as polícias encontram dificuldades em divulgarem nomes de acusados e indiciados em crimes diversos. Assim sendo, a mídia, também, é prejudicada por não poder informar os fatos com exatidão.
Tem-se como certo que em breve vai explodir o caso de gente importante na Cidade que registrou empresa em nome de empregados domésticos e que estaria com dificuldades em reaver o patrimônio diante de impasses no acerto trabalhista. Coisa grande!
Bêbados e perigosos
O assunto é velho, repetitivo, mas, sempre factual. Todo final de semana a Polícia Civil apreende (e, em alguns casos, prende) veículos e pessoas por estarem os condutores dirigindo sob o efeito de bebida alcoólica. Em alguns casos, os flagrados são reincidentes. Outro fato que chama a atenção é a grande incidência de mulheres neste estado, ou seja, bêbadas, conduzindo veículos pelas madrugadas nas ruas e avenidas da Cidade. Tais indivíduos são, por assim dizer, fatores de risco para a integridade própria e a da população inocente, pois, via de regra, são causadores de acidentes de todos os portes e de todas as dimensões. Problemão, pois, muitos desses infratores são doentes (alcoólatras inveterados), verdadeiros dependentes que não conseguem controlar o vício de beber. Alguns, até cair…
Juiz furioso
O juiz substituto da 18 Vara do Trabalho de São Paulo, Jerônimo Azambuja Franco Neto, chamou o atual momento do Brasil de “merdocracia neoliberal neofascista” ao proferir sentença de um processo trabalhista, publicada na quinta-feira (16). “A merdocracia neoliberal neofascista está aí para quem quiser, ou, puder ver. O lugar de fala da decisão é o trabalho humano digno voltado à igualdade e aos direitos humanos fundamentais”, disse. Na sentença, o magistrado faz críticas a ministros do governo Bolsonaro, como Abraham Weintraub, da Educação; Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública; Paulo Guedes, da Economia; e Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, além do próprio presidente Jair Bolsonaro. O linguajar utilizado pode ferir o Código de Ética da Magistratura.