Vale tudo?
Em um país onde um ex-ministro, até então, tido como o maior paladino da moral e da justiça na atualidade copia textos do trabalho de um advogado e publica como sendo seus (com a participação de uma aluna) e onde um candidato a ministro publica em seu currículo que é doutor e pós-doutor em universidades estrangeiras e, depois, é desmentido publicamente de que nunca foi doutor, nem pós-doutor e continua no cargo…
E, em um estado onde um secretário é acusado, publicamente, na TV, de haver cometido uma série de crimes, se afasta e volta dias depois como se nada tivesse acontecido, onde uma importante empresa pública quer desfazer (na marra) um contrato feito com um grupo empresarial, o que esperar dessa gente? O brasileiro (incluindo os goianos) vive de decepção em decepção.
Síndrome
O recente episódio que envolveu um vereador da atual legislatura em Anápolis em provável escândalo sexual, não é nenhuma novidade neste Município. Se os mais observadores puxarem pela memória, vão se lembrar de que vários outros fatos semelhantes, que envolveram parlamentares municipais e outras lideranças, já causaram muita polêmica e muita exploração política na Cidade. Houve quem, por causa disso, sofresse danos morais e políticos, houve quem desistisse da vida pública, houve quem fosse objeto de inquérito policial e processo na justiça. Assunto, por demais, delicado.
As máscaras
O assunto do momento para os “especialistas” é a eficácia no uso das máscaras na guerra contra o novo coronavírus. Há correntes que asseguram não haver qualquer comprovação científica de que elas impedem a propagação do vírus. Do outro lado da linha, há os que defendem, veementemente, seu uso como a principal arma para o combate à moléstia, Em algumas cidades, o uso da máscara é obrigatório e enseja multas pesadas. Em outras, nem tanto. E, em muitas outras, o assunto é ignorado.
Reside, aí, grande parte do problema. Embora seja o mesmo país, no Brasil não existem linguagens coerentes, não há um padrão para se definirem diretrizes. Cada um faz o que melhor lhe convém. A falta de um comando geral, uniforme, provavelmente, tem sido a causa de tantos desacertos. Cada prefeito, cada governador, tem sua opinião própria, independentemente do que pensa o Presidente da República, em tese, o Chefe Geral da Nação. Está sobrando vaidade e está faltando humildade para essa gente. Talvez seja por isso que o Brasil, ainda, esteja na relação dos países onde a covid-19 esteja demorando, mais, para apresentar sinais de diminuição. Muito pelo contrário, faz é aumentar.
Coincidências
Teria sido mera coincidência o fato de o deputado Allysson de Lima haver proposto a integração de Anápolis à Região Metropolitana de Goiânia (por sinal, rechaçada com veemência por unanimidade por políticos e cidadãos) com o fato de o IBGE, algumas semanas depois, classificar o Município como Capital Regional em Goiás? Não ficou bem explicada a proposta do deputado que nunca mais voltou ao assunto.
O pensador
“João Peroba”, personagem folclórica das noites anapolinas tem dito, constantemente, que existem candidatos a prefeito de Anápolis que não sabem, de cor, os nomes de dez bairros da Cidade. “Se soltar um sujeito desses na Vila Formosa, onde eu moro, ele não consegue voltar ao centro. Se um deles desmaiar na rua, é levado como indigente para o hospital, pois ninguém o conhece”, disse ele, esta semana. Exageros à parte, “João Peroba” não deixa de ter certa razão.
Festa problema
Dias desses formou-se um grande tumulto no Bairro Calixtolândia. Policiais militares foram chamados para controlarem uma festa que já passava das três horas da madrugada e incomodava os vizinhos com algazarras, som alto e muitas pessoas embriagadas. Mas, o dono da casa decidiu confrontar com os agentes e se insurgiu contra eles, desafiando-os a prendê-lo. Os policiais aceitaram o desafio. E, quando o desafiador era conduzido à viatura, seus amigos decidiram intervir e soltaram três cães da raça pitbull que atacaram a guarnição. Foi preciso sacrificar um dos animais para se preservar a integridade dos PMs. Saldo de tudo: festa encerrada, cachorro morto e todo mundo na delegacia. Isto, em tempo de pandemia, quando as reuniões sociais estão proibidas.
Sem festa
Muito provavelmente Anápolis não festejará de forma pública, seu centésimo décimo terceiro aniversário de emancipação política no próximo dia 31. Tudo por conta da pandemia do novo coronavírus. Terá sido a primeira vez em toda a história que isto não ocorrerá. Nem quando das guerras mundiais as comemorações foram canceladas. Na primeira (1914/1918), a Cidade, realmente, não passava de um próspero povoado. Mas, na Segunda (1939/1945), já era a uma comunidade robusta, levando-se em consideração o contexto daquela época.
Direto ao ponto
A implantação de uma guarda municipal seria uma das principais promessas de campanha da atual administração que, ainda, não vingou. Esta guarda seria encarregada de zelar pelos próprios públicos, como praças, parques e outros ambientes de acesso para a população. As cobranças por ela, ainda, são frequentes.
Ao manter uma espécie de tradição, o Colégio Estadual da Policia Militar “Cézar Toledo”, no Jardim Alexandrina, conquistou, mais uma vez, o primeiro lugar entre todas as escolas públicas estaduais em Goiás. A avaliação é do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, em relação ao ENEM 2019.
Mais de cinco mil (número estimado) pessoas estariam trabalhando em Anápolis no sistema delivery, antigamente chamado “entregas em domicílio”, hoje, mais moderno, mais ágil e mais eficiente, tendo em vista ser feito com motocicletas. É uma nova alternativa de ocupação que veio para ficar em definitivo.
Reforço
O Corpo de Bombeiros, em Anápolis, vai receber, em breve, uma ambulância equipada com Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Foi o que prometeu, de viva voz, o Governador Ronaldo Caiado (DEM), que esteve na Cidade recentemente para inaugurar um novo projeto na área de salvamento naquela corporação. A ambulância seria viabilizada por uma emenda de 350 mil reais, do deputado estadual Coronel Adailton (PP). E, há, ainda, a possiblidade de outra UTI móvel, com a adaptação de uma ambulância apreendida recentemente e que, também, viria para Anápolis. Muito bom.
Apropriação
Em todo Brasil, milhares e milhares de pessoas receberam, indevidamente (de forma voluntária, ou, não), o Auxílio Emergencial. Mal sabem essas pessoas, que seus nomes constam de um cadastro geral feito pelo DATAPREV e que, mais cedo, ou, mais tarde, elas serão chamadas para, no mínimo, prestarem esclarecimentos. Os dolosos terão maiores problemas.