Reforço de caixa

Os vereadores anapolinos aprovaram, no último dia 27 de março, em sessão extraordinária, o Projeto de Lei Ordinária de número 50, que cria a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), que corresponderá ao percentual máximo de 50% do subsídio do vereador. O texto diz que esse valor será periodicamente definido por meio de portaria da presidência da Câmara, atendendo ao orçamento e a disponibilidade financeira e, aplicável de forma igualitária a todos os parlamentares. A Cota não é acumulável e poderá ser utilizada, dentre outros, para reembolso do vereador com combustível, manutenção de escritório, serviço de telefone, energia elétrica, água e esgoto e serviços gráficos. É preciso prestar contas e comprovar que os gastos são para exercício da atividade parlamentar.
Em resumo, cada vereador poderá ter (será que algum vai rejeitar?), um reforço de 50 por cento sobre o vencimento (vereador não tem salário) mensal. E, lembrar que o vencimento dos legisladores anapolinos, definido na legislatura passada, é na casa de 19 mil reais, fora a tal “verba de gabinete”. O que não se entende, entretanto, é a dificuldade e o desconforto que os vereadores têm para falar sobre esse assunto. Ora, vereador é agente público, pago com o dinheiro do povo e é a esse povo que ele tem de prestar contas.
Despropósito

O honroso vice-campeonato goiano de futebol profissional de 2025 conquistado pelo Anápolis Futebol Clube, foi desmerecido por parte da torcida que ignorou o feito e preferiu acusar jogadores e dirigentes de haverem “vendido” o resultado para o Vila Nova. Esse radicalismo pode, sim, desmotivar os integrantes do “Galo da Comarca” que têm outros desafios pela frente. O time terminou o Campeonato à frente de dois “gigantes” do futebol goiano que, inclusive, disputam o Campeonato Brasileiro Série B: Goiás Esporte e Atlético Goianiense. Na final, o Anápolis ganhou um jogo e perdeu outro, contra um time poderoso e melhor estruturado, que é o Vila Nova. Simples assim…
As grandes famílias
Ao menos 32% dos conselheiros de todos os tribunais de contas do Brasil têm políticos como parentes, mostra levantamento inédito feito pelo site UOL. São pais; filhos; irmãos; sobrinhos; maridos e esposas com cargos vitalícios e salários altos, que ocupam vagas que dão poder, dinheiro e prestígio. Desses, 19 governadores ou ex-ocupantes do cargo têm parentes em tribunais de contas. Pelo menos seis ministros de Lula têm esposas e irmãos nessas cortes. Foi analisado o histórico e o parentesco de conselheiros dos 33 tribunais de contas do País: estaduais, municipais e da União. De 225 autoridades que estão na ativa, 74 têm parentes que trabalham ou atuaram na política. As cortes são responsáveis por fiscalizarem e julgarem as contas da União, de governos, prefeituras e até do Judiciário. Elas, ainda, podem mandar suspender licitações, recomendar término de contratos, impor multas e ressarcimento aos cofres públicos. A presença de parentes de políticos nesses cargos poderia configurar conflito de interesses para quem fiscaliza. Procurados, os tribunais de contas afirmaram, em sua maioria, ter mecanismos internos que permitem às autoridades não atuarem se houver alguma questão que comprometa a isenção no julgamento.
Profusão da violência

Estima-se que, atualmente, em torno de 70 a 80 por cento dos noticiários no Brasil estejam com seus espaços ocupados para a divulgação de assuntos ligados à violência, em suas mais variadas manifestações. Crimes contra a pessoa, crimes contra o patrimônio, golpes furtos, roubos, assaltos, homicídios, tentativa de morte, acidentes de trânsito e outras modalidades ocupam o maior tempo dos leitores, telespectadores, e ouvintes dos veículos de comunicação. Até os telejornais mais sisudos têm aberto generosos espaços para a divulgação de crimes e outros atos de violência. Das duas uma: ou falta assunto para oferecer informações salutares ao público, ou, a violência, de fato, domina este País. Não se filma, nem se escreve, nem se fala de outra coisa que não seja a brutalidade que, infelizmente, tem tomado conta da sociedade brasileira. E, o pior, é que estamos nos acostumamos a ela. Já não mais nos surpreendemos com o aparecimento de crimes, muitos deles hediondos, nas redes sociais, no rádio, na TV e nos jornais. Somos, todos, reféns e vítimas de tamanha brutalidadecusação de traficarem drogas nas Filipinas. As mortes teriam ocorrido por ordem de Duterte.
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