CGU vai auditar seguro

No início do mês, a CGU (Controladoria-Geral da União) abriu uma auditoria sobre o seguro-defeso em 23 cidades do Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Maranhão e Piauí, onde há a maior concentração de pescadores per capita…
Nos últimos nove anos, pelo menos R$ 4,4 bilhões em benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e programas assistenciais, como o Bolsa Família, foram pagos para pessoas que já morreram, e no mínimo R$ 28,5 milhões ainda são pagos mensalmente, segundo auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União). O problema é a falta de atualização das informações — pelas famílias ou cartórios.
O que aconteceu

75 mil mortos ainda estão recebendo benefícios. O TCU apontou que 13,1 milhões de mortes não foram registradas no Sirc, o sistema nacional utilizado para informações sobre o registro civil, em parte devido à falta de procura das famílias para emissão de certidão de óbito ao atraso de cartórios no envio das informações. O sistema exige que os cartórios registrem óbitos no prazo de um dia útil, mas alguns demoram mais de nove dias, gerando pagamentos indevidos, que já somam R$ 2,7 bilhões. Além disso, falhas na coleta de dados, como a falta de informações básicas de identificação, como CPF e data de nascimento, resultaram em prejuízos de R$ 163 milhões INSS é o principal afetado, mas Bolsa Família e até salários de servidores públicos podem ter sido pagos indevidamente. As instituições utilizam o sistema para cancelar benefícios de falecidos. Segundo o TCU, houve a continuidade de pagamentos de aposentadorias, pensões e benefícios assistenciais a pessoas já falecidas. O período avaliado é de janeiro de 2016 a fevereiro de 2025…