Carne de cavalo

Depois do escândalo sobre um abatedouro clandestino de equinos na região do Bairro da Lapa, em Anápolis, surgiu a dúvida: Pode comer carne de cavalo? Reposta: Sim, a carne de cavalo pode ser consumida no Brasil. De acordo com o artigo 10 do Decreto 9.013, de 2017, os equinos são considerados como espécies de açougue, portanto, sem impedimentos para consumo. Mas, a carne só pode ser consumida desde que os animais sejam abatidos em estabelecimentos sob inspeção veterinária. Essa inspeção pode ser feita em âmbitos federal, municipal, ou, estadual.
Os frigoríficos autorizados a abaterem cavalos no Brasil estão inscritos no Serviço de Inspeção Federal. Isso garante a segurança, a qualidade e a higiene da carne, porque sabe-se que ela será fiscalizada. Atualmente, o Brasil só tem cinco propriedades registradas no SIF que comercializam carne de cavalo: três na Bahia; uma em Minas Gerais e uma no Rio Grande do Sul. No entanto, o Brasil não tem o costume de consumir carne de cavalo, seja por questões religiosas ou culturais.
Mulheres na política
No mês de março, reservado para as homenagens às mulheres, um fato chama a atenção: Neste ano de 2025, 18% das cadeiras legislativas municipais do Brasil estão ocupadas por mulheres, e 737 municípios não têm nem uma vereadora, conforme um levantamento do RenovaBR.
Embora 51% da população brasileira seja feminina, de acordo com o IBGE, apenas 13% das cidades (732) serão administradas por uma delas pelos próximos quatro anos. Isto porque, nas eleições do ano passado (2024), as mulheres que se candidataram a vereadoras receberam, em média, 42% menos recursos do que homens para fazerem campanha, segundo os números levantados com base nos dados consolidados do Tribunal Superior Eleitoral.
As candidaturas femininas ao Legislativo municipal tiveram, em média, R$ 9.575,00 para buscar votos, ante R$ 16.789,00 destinados aos homens que concorreram às mesmas vagas. A Lei das Eleições estabelece que os partidos devem assegurar o mínimo de 30% e o máximo de 70% de candidaturas por gênero.
Com a criação do fundo eleitoral, que reserva recursos públicos para o financiamento das campanhas, ao menos 30% da verba recebida por cada partido deve ser direcionada às campanhas femininas. Ao longo dos últimos anos, no entanto, a mídia denunciou diversos casos de “candidaturas laranjas” de mulheres, registradas, apenas, para se garantir o cumprimento da cota
Celulares maranhenses

Num lampejo de lucidez, o Tribunal de Justiça do Maranhão refluiu da ideia de adquirir 50 aparelhos iPhone 16 Pro Max, modelo de última geração da Apple. Os celulares deveriam ser entregues aos 35 atuais desembargadores, e eventuais expansões ou novas nomeações que pudessem surgir. As aquisições, que seriam pagas com o dinheiro do povo maranhense, estavam estimadas em R$ 573.399,50, a um custo unitário de R$ 11.467,99 por telefone.
A chuva de críticas disparadas por todo o Brasil repercutiu e derrubou a alegação de “padronização tecnológica” ao TJ-MA, que “facilitaria a gestão e o suporte técnico, com a redução dos custos operacionais e simplificação da manutenção dos aparelhos”. Tudo seria aceitável se o Maranhão no fosse um dos estados mais pobres do Brasil, o último colocado em renda per capita e em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
Brasileiros desaparecidos
Está em andamento, no Brasil, a segunda etapa da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, uma ação desencadeada pelos ministérios da Justiça e Segurança Pública; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e da Saúde. Nesta fase, o objetivo é identificar pessoas vivas acolhidas em instituições de saúde e assistência social.
No Estado de Goiás, a Divisão de Políticas para Pessoas Desaparecidas, da Superintendência de Identificação Humana, vai receber e gerenciar as informações das instituições. Em 2024 mais de 80 mil pessoas desapareceram no Brasil, uma média de 219 por dia, quase quatro mil delas em Goiás.
Ações efetivas da pasta, preconizadas na Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, promoveram a recuperação de 43 mil e quinhentas vítimas. Entre as iniciativas está a mobilização nacional para a identificação de pessoas desaparecidas, que teve uma primeira etapa em agosto de 2024, quando foi coletado o DNA de familiares. Em todo o País, foram captadas 1.645 amostras de DNA de familiares de 1.292 desaparecidos, por meio da saliva.
Em Goiás, segundo dados da SIH, 75 famílias procuraram um dos 23 pontos de coleta, num total de 107 pessoas, como pais, irmãos e filhos. No Brasil, desapareceram 80.333 pessoas no ano passado, média diária de 219. E, foram localizados: 43,5 mil. Em Goiás desapareceram 3.618 pessoas, média diária de 10. Destas, foram localizadas 1.056. As cidades com mais ocorrências foram Goiânia: 839; Aparecida de Goiânia: 360; Anápolis, 306; Rio Verde: 216; Águas Lindas de Goiás: 188, Luziânia: 148 e, Senador Canedo: 104.
Caçador caçado

Depois de assombrar o mundo com a caça implacável aos traficantes de drogas em seu país, o ex-presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, foi preso, esta semana, por um mandado do Tribunal Penal Internacional. Ele se tornou alvo do TPI em 2019, por supostos crimes contra a humanidade durante sua campanha antidrogas.
O ex-presidente filipino travou uma guerra contra as drogas durante seu mandato (2016-2022), na qual cerca de seis mil pessoas morreram em operações antidrogas e execuções extrajudiciais, segundo dados da polícia, embora organizações não governamentais locais estimem o número em mais de 30 mil mortos.
Arquivos de vídeos e fotografias mostram pessoas que foram executadas, sumariamente, inclusive em via pública, sob a acusação de traficarem drogas nas Filipinas. As mortes teriam ocorrido por ordem de Duterte.
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