Em discurso na 76º Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o presidente Jair Bolsonaro teve como foco a pandemia, o meio-ambiente e o que chamou de “liberdades individuais”. O Brasil é encarregado de abrir oficialmente a fala dos presidentes mundiais desde 1947.
O texto proferido por Bolsonaro na ONU teve uma mistura moderada, com dados de vacinação e ações do governo na economia, e bolsonarista, referenciando o tratamento precoce para a Covid-19 e as manifestações de 7 de Setembro. “Não entendemos porque muitos países juntamente com grande parte mídia se colocaram contra o tratamento inicial”, disse o chefe do Executivo brasileiro. “A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”, completou em relação aos medicamentos sem comprovação científica no combate ao coronavírus.
Com relação aos atos bolsonaristas ocorridos no feriado, o presidente brasileiro ressaltou: “No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo”. Bolsonaro ainda complementou: “Meu governo recuperou a credibilidade externa e, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos”.
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Essa foi a terceira vez que Bolsonaro discursa como presidente do Brasil, desde 2019. Em 2020, a Assembleia Geral foi totalmente remota por causa da pandemia. Neste ano, parte dos líderes discursará presencialmente e parte gravou a sua participação. Na volta do evento (semi) presencial, o chefe do Executivo brasileiro é o único dos líderes do G20 (grupo das 19 principais economias do mundo e a União Europeia) presentes a dizer que não tomou a vacina contra a Covid-19.
Meio-ambiente
Em um pedaço de seu discurso, Jair Bolsonaro tratou sobre a legislação ambiental brasileira, a qual disse ser “a mais completa do mundo”. O presidente ainda contrariou dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônica (Imazon), que registraram o pior agosto dos últimos dez anos em 2021, com relação ao desmatamento da Amazônia.
Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta. Lembro que a região amazônica equivale à área de toda a Europa Ocidental. Na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior.
afirmou Bolsonaro