Em sua costumeira transmissão ao vivo, que acontece às quintas, Jair Bolsonaro (sem partido) comentou sobre as críticas passadas feitas por Ciro Nogueira (PP). EM 2017, o senador do Piauí afirmou que considerava o atual presidente “fascista” e “preconceituoso”.
Quatro anos depois, o cacique do Centrão é cotado para ser o novo ministro da Casa Civil, hoje comandado por Luiz Eduardo Ramos. A mudança já foi sinalizada por Bolsonaro, que tenta utilizar a troca para melhorar seu apoio no Congresso.
“Tem vídeo circulando que ele me chamou de fascista lá atrás. Sim, me chamou. As coisas mudam. Eu tinha posições no passado que não assumo mais hoje, mudei”, afirmou o presidente, embora com uma ressalva: “Nenhuma de forma radical”.
A tendência é que Ciro assuma a pasta na próxima semana, depois que acertar arestas com o presidente em reunião marcada para segunda-feira (26).
Possível ida para o PP
Com o Progressistas se tornando um dos principais partidos de apoio do presidente, muitos apontam que Bolsonaro pode acabar integrando-o para as disputas eleitorais de 2022. Ciro Nogueira é o presidente nacional da sigla.
Bolsonaro deixou em aberto a possibilidade, explicitando que já foi parte do partido anos atrás, antes de se filiar ao PSL. Este último, pelo qual foi eleito em 2018. Meses mais tarde, o presidente deixou a sigla e segue sem partido, necessitando de uma filiação para concorrer ao próximo pleito.