Embora, ainda, não admita, o Governo está em pânico com a queda vertiginosa nos volumes de água dos reservatórios em todo o Brasil. Isto porque os reflexos são, por demais, danosos e assustadores. A seca diminui a oferta de pastagens, dificulta a dessedentação dos animais e seres humanos, impede o desenvolvimento de projetos urbanos e, o mais grave de tudo, ameaça o colapso no fornecimento de energia elétrica. O Governo, enfim, teme que o Brasil siga o caminho de outros países onde a falta de água já é calamidade pública, com prejuízos inestimáveis, em todos os setores das sociedades organizadas. Mas, por que a oferta de água tem caído tanto?
A resposta, por certo, está na desertificação provocada em todas as regiões. Não, somente, na Amazônia, como muitos apregoam. A destruição das matas é fator decisivo para a falta de chuvas. Muito particularmente, por conta do desmatamento descontrolado. A ciência mostra que, pela fotossíntese, a planta puxa a água do fundo da terra e joga essa umidade na atmosfera. A umidade do ar ajuda a baixar as partículas poluentes em suspensão, o que permite melhorar a saúde das pessoas. Além disso, ajuda a formar nuvens e um clima propício para as chuvas. As florestas têm um papel valioso na regulação do ciclo hidrológico, influenciando na disponibilidade e purificação da água, no regime de precipitação, na contenção de enchentes, na luta contra a desertificação, na proteção do solo, lagos e cursos hídricos.
Desta forma, menos árvores, menos florestas. Menos florestas, menos fotossíntese menos umidade no ar, menos nuvens, e consequentemente, menos chuvas. E, se não houver um basta nisso tudo, a tendência é caminharmos para a escassez cada vez maior, de água, em um país que é tido como dono do maior manancial de água doce do Planeta Terra.