Operação inicia nova fase do programa espacial e amplia presença nacional no setor global
O Brasil deve realizar, em dezembro de 2025, o primeiro lançamento comercial de foguete a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, por meio da missão Operação Spaceward 2025. A iniciativa foi adiada após a detecção de pequenas irregularidades nos sistemas de sinalização durante os testes finais no veículo sul-coreano HANBIT‑Nano, terceiro lançamento comercial a partir de solo brasileiro.

Fase técnica
A empresa Innospace e a Força Aérea Brasileira (FAB) realizaram nos dias 18 e 19 de novembro ensaios gerais — os chamados “wet dress rehearsals” — para simular a sequência de lançamento desde a plataforma até o disparo. Apesar de os testes terem sido concluídos com sucesso, as organizações detectaram “anomalias intermitentes” na cadeia de processamento de sinais de telemetria e controle. Por essa razão, optaram por postergar a decolagem como medida de segurança. A nova data prevista é 17 de dezembro, com janela de lançamento entre 16 e 22 de dezembro.

Missão e foguete
O HANBIT-Nano segue com previsão de transportar oito cargas úteis — cinco pequenos satélites e três experimentos — desenvolvidos por instituições do Brasil, Coreia do Sul e Índia. O foguete tem dois estágios, mede cerca de 21,9 metros e pode levar até 90 quilos à órbita baixa da Terra. A missão pretende marcar a entrada brasileira no mercado global de lançamentos espaciais e consolidar o CLA como espaçoporto comercial competitivo.
Entre os equipamentos embarcados está o PION-BR2 – Cientistas de Alcântara, um satélite educacional produzido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em parceria com a AEB, o PNUD e a startup PION. O projeto integra o programa Cientistas de Alcântara, que aproxima estudantes maranhenses da ciência e da tecnologia espacial.
Na próxima etapa, os satélites serão instalados no módulo interno do foguete, que depois receberá as carenagens de proteção. Em seguida, equipes farão simulações gerais de pré-lançamento, avaliações ambientais completas e verificações finais de segurança de voo. Depois disso, ocorrerá a coordenação operacional com a FAB para validar todos os sistemas até o momento da decolagem.
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