Doença silenciosa pode ser transmitida por leite cru e derivados sem inspeção sanitária adequada
A brucelose, doença infecciosa transmitida de animais para humanos, continua sendo uma ameaça à saúde pública em Goiás. O consumo de leite cru e queijos sem inspeção é uma das principais formas de contágio. A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) reforçam a importância de adquirir apenas produtos com selo de inspeção oficial, garantindo segurança alimentar e prevenção de doenças.
Controle agropecuário
A atuação da Agrodefesa começa no campo, com registro e acompanhamento dos rebanhos, orientação técnica aos produtores e fiscalização da vacinação obrigatória de fêmeas bovinas e bubalinas entre três e oito meses. O controle se estende à indústria, com inspeção rigorosa de laticínios e estabelecimentos que comercializam alimentos de origem animal. O selo de inspeção é a garantia de que o produto passou por controle sanitário e está livre de riscos como a brucelose.
Prevenção humana
A doença pode causar febre prolongada, fraqueza, dores articulares e suores noturnos com odor forte. Segundo Fabrício Augusto de Sousa, coordenador de Zoonoses da SES-GO, os sintomas podem ser confundidos com outras infecções, dificultando o diagnóstico. Em 2024, foram registrados 34 casos em humanos no estado; em 2025, até setembro, foram 24. A prevenção inclui o consumo de leite pasteurizado, derivados com selo de inspeção e uso de equipamentos de proteção ao lidar com animais.
A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, destaca que a vacinação é a principal barreira contra a doença. Já o presidente da Agência, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que a missão é garantir alimentos seguros à população e preservar a economia goiana, uma das maiores produtoras de leite do país.
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