Leia também: O asteroide que vai colidir com a Terra, possui uma potência equivalente a até 22 bombas atômicas
A descoberta, feita pelos astrônomos da Agência Espacial Europeia (ESA), foi publicada no periódico Astronomy & Astrophysics nesta terça-feira. O Gaia BH3 faz parte da família de buracos negros estelares, formados a partir do colapso de estrelas massivas no final de suas vidas. Estes buracos negros estelares geralmente possuem cerca de 10 vezes a massa do Sol.
Segundo a ESA, o buraco negro mais conhecido da Via Láctea, o Sagitário A, possui uma massa combinada de vários milhões de sóis e é resultado do colapso de nuvens de poeira e gás. Estima-se que existam aproximadamente 100 milhões de buracos negros estelares na Via Láctea, porém, sua detecção pode ser desafiadora.
O Gaia BH3 foi descoberto de forma fortuita enquanto os cientistas analisavam os dados da sonda Gaia para o catálogo de 2025. Uma estrela, ligeiramente menor que o Sol, foi observada orbitando em torno de um companheiro invisível, revelando a presença do buraco negro. Esta descoberta inesperada ressalta a importância da colaboração e observação meticulosa para compreender os mistérios do cosmos.
Porém, o Gaia BH3 é considerado um buraco negro “adormecido”, pois está tão distante de sua estrela companheira que não captura seu material e, consequentemente, não emite raios-X, tornando sua detecção mais desafiadora. Observações detalhadas de telescópios em terra confirmaram a descoberta e calcularam sua massa.
Esta descoberta não apenas amplia nosso conhecimento sobre a formação de buracos negros, mas também fornece insights valiosos sobre a evolução da Via Láctea. Os cientistas, cientes da importância dessa descoberta, anteciparam a divulgação de detalhes para permitir que outros astrônomos realizem mais observações o mais rápido possível.