Em Anápolis, queda foi perceptível nos últimos dias
Da Redação
O sistema de saúde de Goiás tem observado nas últimas semanas uma tendência de redução na demanda de leitos para tratamento de Covid-19. A baixa pode ser notada mais fortemente nas redes municipais de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis.
Em Anápolis, em meados de agosto, a ocupação das UTIs chegou a 68% dos 50 leitos regulados pela prefeitura, ameaçando recolocar a cidade no cenário de risco moderado. As internações, todavia, começaram a cair e, na manhã desta segunda, 38% das UTIs municipais tinham pacientes. A queda também foi notada nos leitos de enfermaria, que superou 70% em agosto e baixou para 43% em setembro.
A capital também registra uma queda sustentada e paulatina, segundo os balanços divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. No dia 20 de agosto, a ocupação estava em 73% nas UTIs e 71% na enfermaria. No boletim de domingo (06/09), 60% dos leitos de enfermaria e 62% das vagas para tratamento crítico estavam ocupadas.
A ocupação de UTIs da rede estadual ainda não observou queda sustentada, mas demonstra estabilidade entre 80% e 85%. Por outro lado, as enfermarias tiveram uma redução visível na demanda. A ocupação é de 56% na manhã desta segunda-feira, abaixo da média entre 65%-70% que se observava no fim de julho e início de agosto.
A rede estadual tem 770 leitos implantados exclusivos para o tratamento de Covid-19, entre UTIs e enfermarias, em 16 hospitais. A média de ocupação total chegou a ficar, no início de agosto, em 83%. Nos últimos dias, está flutuando entre 65% e 70%.
Algumas unidades, como o Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), que raramente apresenta algum dos oito leitos de UTI para Covid-19 desocupados e o HCamp de Goiânia, com apenas seis dos 86 leitos de UTI vagos vivem situação mais crítica. Por outro lado, unidades do Entorno do Distrito Federal viram um alívio nas semanas mais recentes.
Planos de saúde
O presidente da Unimed Goiânia, Sérgio Baiocchi, afirmou nesta segunda-feira (07/09) que os dados de internação pelo plano de saúde também seguem a tendência observada no sistema público. Ele diz que há 100 hospitais contratados pela Unimed, com cerca de 600 leitos de UTI adulto na Grande Goiânia e o número de hospitalizações nunca ultrapassou uma margem de 100 a 120.
“A curva se mostra estável com uma tendência na descendente já aparecendo. Se as pessoas tomarem os cuidados devidos, estamos atravessando para tentar o encerramento desta onda de doença. Os casos moderados, que exigem enfermaria, estão caindo significativamente, enquanto a redução na UTI é menor”, afirmou à Rádio Bandeirantes Goiânia. “Estamos vendo uma tendência de queda de número de óbitos e casos”, completou.