A reunião, como de praxe, teve início por volta das 9h30, no plenário Teotônio Vilela, que teve a galeria cheia para o acompanhamento da abertura da 20ª legislatura. Em janeiro último, houve uma reunião, porém, em caráter extraordinário.
A sessão não teve projeto pautado para deliberação do plenário. Entretanto, 15 proposituras foram lidas e liberadas para a tramitação nas comissões permanentes.
O vereador Suender Silva foi o primeiro a utilizar a tribuna da casa. Ele ressaltou na sua fala a importância da presença em Anápolis nas eleições de outubro do ano passado, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Seguindo os pronunciamentos, fez uso da tribuna o vereador Ananias Júnior, destacando os projetos de sua autoria encaminhados na casa. O vereador Reamilton do Autismo também fez um pronunciamento dentro do chamado pequeno expediente, sobre a intervenção realizada pela Prefeitura próxima ao viaduto do Recanto do Sol e a questão de vagas na Clínica-Escola do Autista.
Ainda no pequeno expediente, o vereador Frederico Godoy, quer discorreu sobre a questão da água turva nas torneiras de Anápolis, “problema que ainda não se resolveu”, afirmou.
No grande expediente, subiu à tribuna o vereador Wederson Lopes. Ele discorreu sobre a questão da limpeza urbana da cidade, cujos problemas ocorrem, de maneira em geral, no período de outubro a março. De abril a setembro, disse ele, a Prefeitura consegue dar uma melhor dinâmica a esse trabalho com a estiagem. Falou também sobre o lançamento de resíduos da construção em lotes. Além disso, falou sobre a necessidade de o município analisar a cobrança do imposto progressivo.
Farpas
O vereador Domingos de Paula foi outro que usou a tribuna no grande expediente. Ele parabenizou a sua sucessora na Mesa Diretora e discorreu sobre o primeiro mês do prefeito Márcio Corrêa e o problema de lotação na UPA da Vila Esperança. Domingos lembrou que a gestão anterior entregou duas unidades: a UPA da Mulher e o Hospital Alfredo Abrahão. O parlamentar questionou são o não uso dessas estruturas e assinalou que quer ajudar a nova gestão.
Ainda citou vereadores que votaram contra o aumento de salários para os agentes políticos, mas receberam o vencimento com o aumento dado. E disse que irá cobrar que o vereador José Fernandes seja destacado do gabinete do vice-governador para o IML de Anápolis.
O vereador Jean Carlos citou que as unidades não estavam em conformidade para iniciar o atendimento à população, necessitando ajustes.
O vereador José Fernandes disse ao colega Domingos para “se preocupar com o seu trabalho”.
Quebrando a sequência de “trocas de gentilezas”, fez uso da tribuna o vereador João da Luz. Ele informou sobre a iniciativa para criar uma frente parlamentar para tratar sobre a prestação de serviços de energia elétrica e saneamento básico no município. Além do transporte público e dos fios soltos deixados pelas empresas de internet.
O vereador Alex Martins sequenciou o uso da tribuna, discorrendo sobre problemas que chegaram ao seu conhecimento na área educacional e sobre informações imprecisas que têm chegado à população, sobretudo, em relação à promessa de 2 mil novas vagas nas creches da cidade. Sobre os materiais escolares que estariam sendo estocados, mas que segundo ele, são reservas técnicas. Ainda, observou estar se estabelecendo um “confronto” da comunidade com o sistema educacional.
A vereadora Capitã Elizete usou a tribuna pela primeira vez e destacou sobre o trabalho que pretende realizar através do mandato. Ela enalteceu o secretariado escolhido pelo prefeito Márcio Corrêa.
O vereador Jakson Charles que disse sobre a tristeza de ataques de colegas “fora dos holofotes”. “Tenham coerência nos seus discursos”, conclamou. Disse que seu compromisso é com a sociedade e não com interesses “ideológicos”. E declarou apoio ao colega José Fernandes.
O próprio José Fernandes foi quem sequenciou os pronunciamentos, falando sobre a responsabilidade de compartilhar a gestão da presidente Andreia Rezende. “A síndrome da abstinência dói”, falou, referindo ao grupo que não teve sucesso no pleito eleitoral. Disse que não vai deixar sua história de 44 anos ser manchada. Disse que seu foco será servir à população deixando de lado os ataques políticos. O vereador destacou que há, sim, o interesse de abrir as unidades de saúde para o público.
Liderança
O vereador Jean Carlos falou sobre a disposição de iniciar o quarto mandato, “produzindo ainda mais para os anapolinos”, com o novo formato do Poder Executivo a responsabilidade de servir de porta-voz da sociedade, de estar como primeiro secretário da Mesa Diretora e de ser o líder do governo local, conforme anunciado em uma emissora de rádio da cidade. Jean ainda reafirmou compromissos do mandado com pautas dos servidores e o equilíbrio financeiro do Instituto de Seguridade Social dos Servidores, o ISSA, entre outras pautas. “É hora de deixar as paixões eleitorais de lado”, frisou.
Fala da presidente
Encerrando o grande expediente, a vereadora Andreia Rezende, presidente da Casa de Leis. Ela falou da responsabilidade de exercer o cargo. E, também, destacou que o parlamento é uma casa de debates.
Ela fez um breve balanço sobre os 30 primeiros dias à frente da Mesa Diretora, como as mudanças no formato das comissões permanentes e as mudanças introduzidas na Procuradoria da Mulher e na comunicação do Legislativo, visando dar mais visibilidade aos trabalhos da casa e dos vereadores.
E sobre a disposição da atual legislatura, que se inicia com a apresentação de cerca de 500 proposituras. “Vai ser uma administração pautada em ouvir as pessoas e aberta aos vereadores”, ressaltou Andreia.
Os requerimentos, indicações e moções foram colocados para votação em bloco.
Veja aqui os projetos lidos em plenário para início de tramitação
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