O Programa Estadual de Controle da Hanseníase desenvolve ações de controle da doença, tendo como estratégia a descentralização das ações nas unidades básicas de saúde. O objetivo é assegurar a assistência mais próxima dos usuários. Para intensificar as atividades de controle da doença, será realizada entre os dias 30 de janeiro de 6 fevereiro, a Campanha de Combate à Hanseníase nas 16 Regionais de Saúde do Estado, em parceria com os 246 municípios goianos.
A campanha será desenvolvida por meio de distribuição de material educativo (folderes, cartazes, camisetas, spot e cartilhas) divulgando os principais sinais e sintomas da doença, bem como a realização de atividades educativas, tais como palestras, apresentação de teatro, vídeos em unidades básicas de saúde, escolas, igrejas e centros comunitários e busca e exame das pessoas que apresentam os sintomas.
Goiás vem apresentando declínio na notificação de casos novos de hanseníase, mas os patamares ainda estão elevados, com níveis considerados de hiperendemicidade para a Detecção de Casos Novos em todas as idades. Em 2008, por exemplo, foram notificados 2.725 casos novos. Os dados de 2009 ainda são parciais. Até o início de dezembro de 2009 foram detectados 1.922 casos da doença.
A hanseníase é uma doença transmissível, causada pelo Micobacterium leprae, chamado bacilo de Hansen, que acomete principalmente a pele e nervos dos olhos, mãos e pés. É transmitida por meio do convívio com pessoas portadoras de formas contagiosas, que ainda não iniciaram o tratamento. A enfermidade pode atingir homens e mulheres de diferentes faixas etárias. Quando não diagnosticada e tratada precocemente, a hanseníase pode evoluir para incapacidades físicas que geram processos de exclusão social. Porém, com a evolução da ciência, a doença tem tratamento e cura com medicamentos gratuitos disponibilizados na rede do SUS, em tratamento varia de 6 meses a 2 anos, feito em ambulatórios da rede básica de saúde, (Cais, Ciams e centros de saúde) com a distribuição gratuita de medicamentos.
Situação da hanseníase em Anápolis
Em Anápolis, os dados sobre a doença, divulgados disponíveis pelo Ministério da Saúde, apontam para uma redução no número de casos. Em 2008 (último dado consolidado), foram registrados 80 casos. A Taxa de detecção, considerando um universo de 100 mil habitantes, ficou em 24,15. No ano anterior, foram 94 casos e a taxa foi de 29%. No ano de 2006, houve a menor ocorrência: 70 casos, com taxa de 21,96%.
Entretanto, no ano de 2008, houve o registro de dois óbitos. Em 2007, não houve registro de morte causada pela doença. 2005 contabilizou um óbito. 2004 e 2003, não houve registros e em 2002 e 2001, houve também uma morte a cada ano.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, subiu a taxa de detecção em menores de 15 anos. Em 2008, foram quatro casos registrados nesta faixa etária, com taxa de 4,50% (considerando o universo de 100 mil habitantes). Em 2007, foram dois casos e a taxa foi de 2,26%. A maior incidência nesta faixa etária foi em 2001, com sete casos, ficando a taxa em 8,56%. (Fonte: Sala de Situação/Ministério da Saúde)