VERSÃO FLIP
quinta-feira, 12 de junho, 2025
  • Entrar
  • Registrar
Contexto
Nenhum Resultado
Ver Todos os Resultados
Contexto
quinta-feira, 12 de junho, 2025
Contexto

Câncer de próstata no mundo pode aumentar em 80% até 2040, alerta estudo

de Redação
30 de novembro de 2020
em Saúde
Reading Time: 6 mins read
0 0
A A
1
câncer de próstata 1

Os dados de incidência e mortalidade por câncer de próstata no Brasil são alarmantes – excluindo o câncer de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente nos brasileiros, e a segunda causa de morte por neoplasia nos homens. E um dos fatores que contribuem com esse cenário é a falha na detecção precoce da doença, especialmente no caso de pacientes brasileiros no sistema público de saúde – é o que aponta uma investigação conduzida pelo Instituto Vencer o Câncer (IVOC), com patrocínio da Bayer, entre novembro de 2019 e julho de 2020, chamada de Leitura Estratégica Integrada (LEI).

O estudo, que levantou dados sobre o atual cenário do câncer de próstata no Brasil e a linha de cuidado do paciente que está no sistema público de saúde, tem como objetivo auxiliar instituições da área, poder público, sociedades médicas e outras organizações no desenvolvimento de iniciativas que contribuam com a melhora desse cenário.

“Apesar de muitos esforços no desenvolvimento de políticas públicas e estratégias, a mortalidade por câncer de próstata continua crescendo no decorrer dos anos, e isso não pode ser ignorado. É momento de rever tudo o que foi feito até agora e identificar o que precisa ser melhorado e/ou adaptado. Enquanto essa revisão é feita, mais pacientes são diagnosticados tardiamente ou perdem a vida para a doença”, destaca Dr. Fernando Maluf, fundador do IVOC.

Rodolfo Ferreira, diretor de Oncologia da Bayer Brasil, complementa: “o apoio para a realização dessa leitura aprofundada sobre o câncer de próstata no país está em linha com o nosso propósito, já que os dados são essenciais para a construção de melhores políticas públicas, que poderão dar soluções em escala para problemas de saúde, como o acesso tanto à informação como a serviços e medicamentos inovadores. Isso contribuirá com avanços no sistema de saúde, além de trazer um impacto positivo na vida de milhões de pacientes e familiares que enfrentam o câncer”.

Quem corre mais risco?

Histórico familiar, alterações genéticas, obesidade, sedentarismo, tabagismo e principalmente a idade são importantes fatores de risco para o câncer de próstata. De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), cerca de 60% das mortes pela doença se concentram entre idosos de mais de 75 anos e 38% entre adultos e idosos de 55 a 74 anos. Juntas, essas faixas respondem pela quase totalidade das mortes (98%). “Por isso, a recomendação é que o acompanhamento médico e a realização de exames sejam feitos a partir dos 45 anos para homens que apresentem fatores de risco, e a partir dos 50 para os demais, contribuindo para uma possível detecção precoce”, explica. Caso contrário, o cenário tende a piorar, já que os idosos (60+) representam 12,4% da população masculina brasileira atual e, até 2030, passará a representar 16,9%; além disso, mais da metade da população tem excesso de peso e a obesidade alcançou a maior prevalência em adultos nos últimos treze anos, segundo o MS.

“Importante dizer que apesar do grupo de risco ser essencialmente de idosos, é preciso atenção também à mortalidade prematura por câncer de próstata, pois esse é um indicador que contribui para o monitoramento do impacto das políticas públicas na prevenção e no controle da doença e seus fatores de risco”, pontua Dr. Maluf.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que a raça negra é também um importante fator de risco para a doença, o que é enfatizado por estudos internacionais. De acordo com uma pesquisa da American Cancer Society, a incidência e mortalidade por câncer de próstata em homens negros dobram em comparação com os índices em homens brancos nos Estados Unidos. “Apesar de não existirem estudos concretos sobre o tema no Brasil, sabemos que isso é também uma realidade no país. E essas taxas desproporcionais têm relação direta com a desigualdade social – ou seja, menor renda e acesso à saúde, o que dificulta a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado para homens negros”, destaca.

Diagnóstico precoce

Além da prevenção, não é novidade que o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura dos pacientes. Mas o aumento na incidência e mortalidade da doença no Brasil e no mundo pode ser um indicativo de que isso ainda não acontece em grande parte dos casos. “A dificuldade na redução da mortalidade por câncer de próstata pode estar relacionada à concentração de casos diagnosticados no estádio IV, por exemplo, quando os pacientes têm apenas 30% de chance de viver por mais 5 anos”, explica o médico.

De acordo com a LEI, em 2017, a maioria dos casos de câncer de próstata no Brasil foram diagnosticados no Estádio II (55,5%), seguido pelo estádio IV (17,6%). O percentual de diagnósticos no estádio I no Estado de São Paulo (13,4%) é menor do que a média nacional (15,3%). Por outro lado, os diagnósticos em estádios mais avançados (estádios II e IV) é menor no Estado (31,0%) comparado com o Brasil (36,2%).

Outro dado que mostra essa concentração de diagnósticos em estágios mais avançados é o crescimento, nos últimos anos (de 2009 a 2018), de 44,4% no número de hospitalizações por câncer de próstata no SUS, com uma média de mais de 7 mil internações por ano. Semelhante ao perfil nacional, no Estado de São Paulo, 93,6% das internações ocorre entre adultos e idosos de 55 anos e mais, sendo que a concentração é maior entre 60 a 74 anos de idade (59,7%) (2018).

“A falta de conhecimento tanto sobre a doença em si e quando o acompanhamento médico deve ser iniciado, como sobre os riscos que esse diagnóstico tardio pode trazer à saúde, é um dos fatores impeditivos da detecção precoce. Em paralelo, quando falamos do sistema público de saúde, sabemos que ainda há uma demora no agendamento de consultas médicas e um gap no rastreamento. A ideia do nosso estudo é justamente rever todos esses pontos e identificar o que podemos fazer para melhorar essa situação e salvar a vida desses pacientes”, pontua Dr. Fernando Maluf.

O depois

Existem, atualmente, diferentes opções de tratamento para a doença, que dependem do estágio e outros fatores individuais do paciente, podendo variar de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e medicamentos. O médico é responsável por orientar o paciente sobre a opção ideal de acordo com seu perfil.

Entretanto, a LEI traz também um alerta nesse sentido: apesar da variedade de tratamentos, é necessário que os pacientes tenham não só acesso, mas sejam tratados rapidamente após o diagnóstico, especialmente em estágios mais avançados. Uma análise trazida pelo estudo mostra que o tempo médio entre o diagnóstico e o primeiro tratamento é de cerca de 82 a 88 dias no Estado de São Paulo, por exemplo. Nesse período, o sucesso do tratamento e qualidade de vida do paciente podem ser comprometidos.

“A linha de cuidado do câncer de próstata deve representar um atendimento contínuo de assistência ao homem, composto por ações de promoção, prevenção, rastreamento, diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos. Ela permite fluxos de atendimento seguros e garantidos ao paciente e deve servir de guia para orientar quais são os procedimentos mais efetivos no controle e no tratamento da doença e quais são as áreas responsáveis no processo de assistência. Se uma etapa dela não funciona de forma satisfatória, todas as demais são comprometidas”, destaca.

Atualmente, é cada vez mais importante tratar o câncer pensando não só na cura, mas em como controlar o seu desenvolvimento, e a medicina se mostra cada vez mais capaz de fazer isso, assim como já acontece com as doenças crônicas. Hoje, já existem linhas e opções de tratamento altamente evoluídas, que trazem resultados melhores, para cada estágio da doença. “Nossa luta é que cada vez mais os pacientes tenham acesso à linha completa de cuidado e a essas inovações, para que vivam melhor e por mais tempo”, conclui Dr. Maluf.

Rótulos: destaque

Mais Artigos

O tempo médio de espera por um órgão é de aproximadamente 18 meses. Imagem: Ministério da Saúde

Brasil bate recorde de transplantes e amplia avanços médicos 

de Jornal Contexto
6 de junho de 2025
0

Com mais de 30 mil procedimentos em 2024, país moderniza técnicas e otimiza processos para salvar vidas.  O Brasil registrou...

Foto: Paulo de Tarso

Anápolis: Confira quais atendimentos estão disponíveis à população nas Unidades de Saúde

de Redação
3 de junho de 2025
0

As Unidades de Saúde da Família (USFs) de Anápolis prestam atendimento básico gratuito à população. As unidades funcionam como porta...

Uma das preocupações das autoridades de saúde é o uso crescente de Vapes. Imagem: Reprodução

Tabagismo: o alto preço para a saúde do Brasil

de Jornal Contexto
31 de maio de 2025
0

O Brasil gasta cinco vezes mais com doenças causadas pelo fumo do que a indústria do tabaco lucra, um desequilíbrio...

Carregar Mais

Comentários 1

  1. lucas silva says:
    5 anos atrás

    Eu utilizo o Bruno Espião , e ele faz o monitoramento completo de todas as atividades do meu filho na internet. Recomendo, pois com ele vejo todas as conversas de WhatsApp e Facebook. acesse >>https://brunoespiao.com.br/espiao-de-whatsapp

    Responder

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Eu aceito as Políticas de Privacidade e Uso.

As mais lidas da semana

  • Paulo Augusto Sousa. Imagem: Reprodução

    Médico e empresário Paulo Augusto Sousa morre aos 74 anos 

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Twitter 0
  • Advogado é preso por importunação sexual em banheiro de igreja em Anápolis

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Twitter 0
  • Coragem em meio à dor: anapolino luta ao lado da filha com doença rara

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Twitter 0
  • Arraiá do Bem 2025 leva festa e solidariedade ao Serra Dourada 

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Twitter 0
  • Anápolis despediu-se de William Naoum

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Twitter 0
Contexto

Jornal Contexto de Anápolis. Todos os direitos reservados © 2019 Feito com Pyqui

Institucional

  • Quem Somos
  • Anuncie Conosco
  • Contato

Siga-nos

Seja bem-vindo(a)!

Entre em sua conta abaixo

Esqueceu sua senha? Registrar-se

Crie sua conta :)

Preencha o formulário para se registrar

*Ao se registrar em nosso site você aceita as nossas Políticas de Privacidade e Uso.
Todos os campos são obrigatórios Entrar

Recupere sua senha

Por favor insira seu Usuário ou Email para recuperar a sua senha

Entrar
  • Entrar
  • Registrar-se
  • Anápolis
  • Política
  • Economia
  • Segurança
  • Saúde
  • Educação
  • Emprego
  • Esportes
  • Entretenimento
  • Gastronomia
  • Mulher
  • Geral
  • Opinião
  • Versão Flip
  • Anuncie Conosco
  • Quem Somos
  • Contato
  • Políticas de Privacidade e Uso
Nenhum Resultado
Ver Todos os Resultados

Jornal Contexto de Anápolis. Todos os direitos reservados © 2019 Feito com Pyqui