Com a alteração do calendário eleitoral, neste momento, os partidos trabalham de forma silenciosa na montagem das chapas
Os pretensos candidatos a cargos eletivos no pleito deste ano terão trabalho redobrado para conquistarem os eleitores e, consequentemente, os seus votos. Em razão da pandemia do coronavírus, há uma expectativa de que a abstenção possa alcançar patamares altos. Para reverter essa situação, os políticos terão de fazer um esforço a mais de convencimento, Primeiro, no sentido de garantir a presença do eleitor nos locais de votação e, segundo, converter essa presença em voto a seu favor.
A “guerra” pelos votos dos eleitores promete ser acirrada em Anápolis, tanto para a disputa majoritária (prefeito) como para a proporcional (vereador). Neste momento de pré-campanha, os partidos e os políticos estão concentrando esforços para o fechamento das chapas e, por isso, as ações acontecem em reuniões (virtuais, em sua maioria) e as tratativas são guardadas como parte da estratégia de cada agremiação. É mais ou menos como uma final de campeonato de futebol, onde as equipes escondem as suas táticas de jogo, para dificultarem a vida dos adversários. Assim, também, é na política e, em particular, neste momento em que as definições são fundamentais para o futuro do projeto eleitoral que está sendo montado.
De momento, a disputa pela Prefeitura de Anápolis tem 10 partidos e 15 nomes no páreo. O Prefeito Roberto Naves é candidato natural à reeleição pelo Progressista. Mas, o PP tem, também, o Deputado Estadual Coronel Adailton, que mantém a sua pré-candidatura e pode levá-la à convenção. O PSDB, também, tem duas pré-candidaturas: a do ex-prefeito João Gomes e do ex-secretário estadual de Indústria e Comércio e ex-presidente da Agência Goiana de Regulação, Ridoval Chiareloto. O Democrata Cristão também tem dois nomes: o ecologista Robson Guimarães e o líder comunitário Jorge Bezerra. O Podemos, tem, também dois nomes: o ex-vereador Sírio Miguel e o radialista Cândido Filho.
Nos demais partidos, a situação já está praticamente definida, faltando, apenas, a homologação dos nomes em convenção. O PT sai com a vereadora Professora Geli; o MDB com o odontólogo Márcio Corrêa; o PSD com o delegado federal Humberto Evangelista; o PSL com o advogado Valeriano Abreu; o Patriotas com o empresário José de Lima; o Republicanos com o Brigadeiro Bragança e, O PRTB, com o empresário Edson Tavares.
Até o período das convenções, que vão acontecer de 31 de agosto a 16 de setembro, muita coisa ainda pode mudar. Nos bastidores, o DC, o Podemos e o Republicanos tentam entabular uma aliança para o pleito majoritário. A conversa foi aberta, também, com o PSDB. Mas, nada ainda está definido. A candidatura de Roberto Naves já teria de 12 a 13 partidos articulados. Com isso, a margem para aliança está bem apertada. Assim, alguns partidos podem sair de chapa “puro sangue”. Seria o caso, por exemplo, do PT, do MDB, do Patriotas.
Boa parte dos partidos que vão lançar chapa de candidatos a vereador já está com a lista praticamente pronta para as convenções. Obviamente que, até lá, algumas desistências e trocas poderão ocorrer. O que, aliás, é normal. E, só lembrando, a legislação eleitoral não permite mais a coligação de chapas para vereador. Então, neste caso, é cada um por si e todos trabalhando no sentido de garantir votos para fortalecer a legenda e conquistar as vagas na Câmara Municipal.
Com a pandemia e o calendário eleitoral modificado, muita coisa vai mudar na eleição deste ano. E, certamente, o principal canal de informações entre candidatos e eleitores, será as redes sociais, responsáveis pelo sucesso na última campanha presidencial, que levou Jair Bolsonaro para o Palácio do Planalto. Por isso mesmo, os candidatos e partidos terão de usar de muita criatividade, para fugirem de uma campanha destrutiva e realizarem uma campanha propositiva que possa cativar os votantes. E isso só se faz com boas propostas.
Confira algumas datas do novo calendário das eleições 2020
Com a promulgação da Emenda Constitucional (EC) nº 107/2020, que adia eleições municipais para 15 (1º turno) e 29 de novembro (2º turno), fica estabelecida a prorrogação de diversas datas do calendário eleitoral. Confira as principais:
31 de agosto a 16 de setembro: realização das convenções partidárias para a definição de coligações e escolha dos candidatos. As convenções podem ocorrer por meio virtual.
31 de agosto a 26 de setembro: período para o registro de candidaturas. Início do prazo para que a Justiça Eleitoral convoque partidos e emissoras de rádio e TV para elaboração do plano de mídia.
27 de setembro: Início da Propaganda Eleitoral, inclusive na internet
15 de novembro: 1º turno das eleições
29 de novembro: 2º turno das eleições
15 de dezembro: Último dia para entrega das prestações de contas
18 de dezembro: Prazo final para diplomação dos eleitos
Minha foto da cidade nessa reportagem.