Quando se trata de intercâmbio comercial, não há o que se questionar a ideologia, a filosofia, a religião, ou, o perfil do parceiro. Quem compra e paga, leva o produto. Quem vende e recebe, toca sua vida adiante.
É assim no mundo dos negócios. Somente em 2022, os produtos exportados pelo Brasil cresceram 19,1%, o que gerou cerca de 61,8 bilhões de dólares. Um superávit (quando as exportações são maiores que as importações) na balança comercial, superando o crescimento comercial do País em 2021.
Mantemos relações comerciais com um grande número de países ao redor do mundo. Assim, os principais parceiros, como se sabe, estão na América do Sul, União Europeia, Estados Unidos, China e Oriente Médio. São parceiros de diferentes formas de governo, de variadas tendências doutrinárias e de diversificadas maneiras de agir. Mas, são parceiros e o que interessa é a manutenção das relações econômicas.
O Brasil precisa vender sua variada produção, principalmente a de alimentos. Mas, precisa comprar, também, muito do que é produzido lá fora. E, na atualidade, nosso maior cliente é a China, reconhecidamente um país comunista.
Só que, esta situação não pode (e, nem deve) influenciar nos gigantescos negócios que desenvolvemos junto aos chineses. Dados mais recentes apontam que a China é o país que mais importa do Brasil e gerou um volume maior do que 46,2 bilhões de dólares em importações no período de 2022.
Eles compram soja; carne, óleos a base de petróleo e minério de ferro.
Vivemos uma histórica “guerra futebolística” com a Argentina. Mas, é só no campo esportivo. Nos negócios, vamos muito bem, mesmo na atualidade, quando o país vizinho passa por convulsões políticas.
Nossa parceria comercial com “los hermanos” movimentou quase cerca de 11 milhões de dólares somente em 2022. O Brasil importa da Argentina fertilizantes e adubos, óleos combustíveis de petróleo e minerais. Enquanto os portenhos compram produtos alimentícios, materiais brutos e químicos. Nossos negócios com os alemães são altamente positivos.
A Alemanha está entre os três países que mais importam do Brasil. Os principais produtos que ela adquire de nós são soja, café e minério de cobre.
Já, o Brasil compra, dos germânicos, adubos e fertilizantes, óleos combustíveis de petróleo e minerais, além de gás natural.
E, o que dizer dos árabes? Os países do Oriente Médio dão o maior saldo comercial para o Brasil. Ou seja, estão entre os nossos principais parceiros comerciais, sendo que as exportações brasileiras ultrapassaram os 7 bilhões de dólares somente em 2022. Isso mesmo: sete bilhões de dólares…
Os maiores produtos comercializados com os países de lá são carne de frango, carne bovina, açúcar e milho. Aliás, o Oriente Médio importa carnes de aves, minério de ferro, milho e soja do Brasil. Enquanto o Brasil, compra do Oriente Médio óleos brutos de petróleo, adubos e fertilizantes.
Nesta linha de raciocínio, vamos encontrar um grande número de países que, a despeito de seus regimes de governo, muitos deles diferenciados do nosso, mantêm conosco relações comerciais saudáveis, respeitosas e amistosas.
Isso permite o crescimento econômico e o equilíbrio da balança comercial. É o que interessa. O Brasil precisa desses relacionamentos. As discussões ideológicas devem ficar para depois. Para muito depois.