Na última segunda-feira, 4, o Brasil completou um mês da proibição de exportar carne bovina para a China, após dois casos atípicos de “mal da vaca louca” serem registrados em território brasileiro.
Até o momento, não há uma projeção oficial de quando a China irá reabilitar as importações do produto. No entanto, para o professor de economia da Universidade Federal de São Paulo (USP), Celso Grisi, os estoques chineses podem atingir seu nível mínimo em breve, em entrevista ao Canal Rural.
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“Há uma recessão na economia da China nesse momento. Queda no crescimento implica queda da demanda e os estoques chineses devem durar mais alguns dias. Acredito que em pouco mais de 20 dias o país asiático deve dar uma resposta e retomar as exportações de carne bovina”, prevê Grisi, apontando para um fim do embargo em meados do dia 25 de outubro.
Ainda segundo ele, a suspensão das compras funciona como uma estratégia de mercado, fato que prejudica os pecuaristas brasileiros.
“Enquanto não retomarmos as vendas, haverá queda no preço do boi e isso atinge o pecuarista, que vem tendo custos adicionais, como o confinamento. Quanto maior o silêncio na China, maior será a queda nos preços, que vai beneficiar os chinês, que vão comprar mais barato. Acho que a pecuária vai trabalhar com prejuízos este mês”, destaca.
(Com informações do Canal Rural)