Um casal tentou sequestrar um bebê de 8 meses se passando por conselheiros tutelares em Jaraguá, região Central de Goiás. O crime ocorreu por volta das 14h de segunda-feira (27), quando os suspeitos chegaram à residência da família usando uniformes semelhantes aos do órgão. Além disso, apresentaram uma documentação que, segundo a mãe da criança, parecia oficial e seria do Poder Judiciário.
A mulher relatou à Polícia Civil de Goiás (PCGO) que viveu momentos de desespero quando o casal tentou arrancar seu filho de seus braços à força. Ela reagiu e entrou em luta corporal com a falsa conselheira, enquanto a avó segurava o neto e impedia que o homem o levasse. Diante da reação firme da família, os suspeitos desistiram e fugiram do local.
Denúncia
O delegado Glênio Alves informou que o Conselho Tutelar da cidade recebeu a denúncia após a vítima ligar para a entidade assim que os suspeitos foram embora. Em vídeo divulgado para alertar a população, o delegado classificou o caso como grave e inédito em Jaraguá. “Uma senhora procurou o Conselho Tutelar informando que um casal, se passando por conselheiros, foi até sua residência, apresentou uma documentação e tentou levar sua criança embora”, declarou. Ele também destacou que, mesmo abalada, a mãe teve coragem de enfrentar os agressores para proteger o filho.
De acordo com o Conselho Tutelar, a família já era acompanhada pelo órgão desde o nascimento da criança. Com isso, os criminosos podem ter utilizado informações privilegiadas do cadastro para planejar o crime.
O conselheiro tutelar Junio Bragança ressaltou que apenas decisões judiciais autorizam o afastamento de uma criança da família. “A população precisa saber que o Conselho sempre atua de forma identificada, com crachá funcional e veículo caracterizado. Jamais vai agir à força, muito menos expor a família a situação vexatória”, afirmou.
Ele recomendou que, diante de qualquer suspeita, as pessoas acionem imediatamente a polícia. “Na dúvida, peça identificação. O verdadeiro conselheiro não se nega a apresentar documentos”, orientou.
A Polícia Civil investiga o caso. Os envolvidos podem responder por tentativa de sequestro e falsidade ideológica.