Ao contrário do que muita gente imagina o casamento não representa uma barreira à ascensão profissional da mulher. Esta é a conclusão apresentada em estudo realizado pela Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais do Instituto Mauro Borges, divulgado nesta semana. Os dados demonstram que as mulheres casadas estão em vantagem em relação às solteiras no quesito financeiro, independente da faixa etária, e em todos os outros aspectos analisados. Elas têm nível de escolaridade mais elevado, seus salários são maiores e têm mais acesso a bens de consumo. Porém, os técnicos do IMB detectaram que, embora a emancipação feminina em Goiás tenha se confirmado ao longo das últimas décadas, a mulher ainda enfrenta muitos percalços e desafios, tanto profissionais quanto pessoais, diante do aumento de suas responsabilidades, que a obrigam a lidar com uma dupla jornada.
O estudo, elaborado com o objetivo de oferecer dados confiáveis sobre o perfil demográfico e socioeconômico da mulher goiana, traz indicadores de que, embora hoje a participação feminina na economia seja indispensável devido à ampliação do seu grau de escolaridade – em 2009 para cada 100 homens matriculados no ensino superior verificava-se a presença de 160 mulheres – e de qualificação, que já supera o universo masculino, a desigualdade salarial ainda é uma realidade em Goiás como em todos os outros estados brasileiros.
Com base em diversas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os técnicos do IMB afirmam que, em 2011, o salário das mulheres ficou abaixo do ganho médio dos homens em diferentes segmentos do mercado. Apenas na construção civil, talvez porque o número de mulheres no setor seja reduzido, elas conseguem rendimentos superiores aos dos homens. A desigualdade salarial é um dos desafios ainda a ser vencido pelas mulheres, mas considerando que, em 2000, o salário feminino correspondia a 83% do salário masculino e passou em 2011 a representar 88,88% do – um acréscimo de mais de cinco pontos percentuais, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, essa diferença tende a reduzir-se nos próximo anos.
O trabalho desenvolvido pelo IMB, entidade ligada à Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan), apresenta dados sobre outros aspectos da população feminina em Goiás, como a constatação de que tem aumentado significativamente o número de lares chefiados por mulheres, conforme pode ser visto na tabela abaixo. Um capítulo do estudo é dedicado especialmente às trabalhadoras domésticas, que hoje representam 5,98% do quantitativo de goianas no mercado de trabalho.
O estudo Características da Mulher Goiana está disponível na página do IBM/Segplan: www.imb.go.gov.br.
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