Serviço completa 20 anos no enfrentamento à violência de gênero
No Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres (25/11), o Ligue 180 celebrou duas décadas de atuação. Criado como canal de orientação e acolhimento, o serviço passou a receber denúncias diretas em 2014, encaminhando os casos às autoridades competentes e garantindo acompanhamento pelo governo federal.
Entre janeiro e outubro de 2025, foram contabilizados 877.197 atendimentos, média de 2.895 por dia. Do total, 719.968 ocorreram por telefone, 26.378 via WhatsApp, 130.827 por e-mail e 24 por videochamadas em Libras. Nesse período, foram registradas 126.455 denúncias de violência contra mulheres, sendo 66% feitas pelas próprias vítimas, 21% de forma anônima e 13% por terceiros.
Em 2024, o serviço já havia registrado crescimento expressivo, com 750.687 atendimentos, média de 2.051 por dia. O WhatsApp, lançado em 2023, ampliou significativamente sua participação: de 6.689 atendimentos em 2023 para 14.572 em 2024, um aumento de 63,4%. Para o Ministério das Mulheres, os números refletem maior confiança no canal, resultado de investimentos em capacitação e fortalecimento da escuta qualificada.
Atendimento 24h
Por meio do Ligue 180, é possível denunciar casos de violência, obter informações sobre direitos e localizar serviços especializados, como Casas da Mulher Brasileira, Centros de Referência, delegacias especializadas e Defensorias Públicas. O atendimento é gratuito, disponível 24 horas por dia, em português, inglês, espanhol e Libras, e realizado exclusivamente por mulheres.
Em 2024, o Ministério das Mulheres lançou o Painel Rede de Atendimento às Mulheres, reunindo informações de mais de 2.600 serviços especializados em todo o país. Também foi criado um canal exclusivo para mulheres surdas ou com deficiência auditiva, ampliando a acessibilidade. Denúncias podem ser feitas ainda por e-mail (central180@mulheres.gov.br). Em situações de emergência, o contato deve ser feito diretamente com a Polícia Militar pelo 190.
A Central conta atualmente com 346 profissionais, entre atendentes, analistas, psicólogas e coordenadoras. Do total, 298 atuam diretamente no atendimento, incluindo trabalhadoras bilíngues. Todas passam por capacitações permanentes, com foco em raça, gênero e território, garantindo acolhimento humanizado e qualificado.
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