O título da matéria continua atual. Mas, a matéria é de 5 de abril de 2018 e registrou, na época, a entrega do Centro de Convenções de Anápolis. Agora, veja esse outro título, também nos registros do CONTEXTO: “Licitação do Centro de Convenções de Anápolis é aberta”. Isso foi em maio de 2013.
Da licitação à entrega, que ocorreu de forma parcial, já que a edificação não estava 100% concluída, foram cinco anos.
De 2018 a 2025, passados mais sete anos, como está o Centro de Convenções? A obra continua monumental como sempre foi. Contudo, não se tem até hoje, de forma cristalina, uma destinação efetiva para o logradouro, construído pelo governo estadual, numa área de 32 mil metros quadrados, colada ao Distrito Agro Industrial de Anápolis.
O espaço conta com dois auditórios com capacidade para 720 e 2.260 lugares, equipados com camarotes e camarins. Dois minis auditórios com capacidade para 145 lugares cada.
Além disso, possui três blocos para exposições que podem ser utilizados separadamente ou juntos com uma área de 13 mil metros quadrados, 11 salas de apoio e ou reuniões, um teatro de arena com capacidade para 500 pessoas, área para restaurante para 200 pessoas, áreas de circulação, entre outros.
O custo inicial projetado foi de R$ 70 milhões. Mas, conforme apurou o CONTEXTO, em um levantamento realizado na plataforma GeoObras, do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), o valor inicial foi de R$ 112,2 milhões e ainda houve um aditivo de R$ 21,1 milhões. Portanto, totalizando R$ 133,3 milhões, aproximadamente. Isso, em 2017.
A ideia que desaguou no projeto para a construção do Centro de Convenções de Anápolis foi, diga-se de passagem, uma ideia boa e visionária, que convergia para o fortalecimento dos investimentos que a cidade estava recebendo no setor de hotelaria.
Somando a isso, o fato de Anápolis já ter uma indústria automotiva e ter um polo farmacêutico já bem consolidado, além de outros segmentos produtivos que não só a indústria. O comércio atacadista, por exemplo.

Projetos
Em 2020, ano em que ocorreu a pandemia, o governo estadual chegou a anunciar a possibilidade de o Centro de Convenções abrigar um hospital para abrigar pacientes acometidos pela Covid-19. Mas, isso não chegou a ocorrer.
No ano seguinte, ou seja, em 2021, o governador Ronaldo Caiado, juntamente com autoridades do governo federal, anunciou que parte da estrutura do Centro de Convenções daria lugar à implantação do Centro de Excelência e tecnologia Ferroviária.
Houve até uma solenidade de assinatura de um protocolo de intenções com a presença do então ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (hoje governador do Estado de São Paulo).
Esse projeto, no entanto, também não deslizou pelos trilhos e, no ano de 2022, a Secretaria de Estado da Retomada, que foi criada para fomentar projetos de desenvolvimento no pós-pandemia, assumiu a gestão do Centro de Convenções de Anápolis.
De lá para cá, de fato, alguns eventos foram realizados no espaço. Um deles a ExpoAnápolis, pela ACIA, que tentou resgatar nesta iniciativa o que a cidade já teve no passado com a Faiana, a Fican e outras feiras de amostra do comércio e da indústria local.

E, agora?
Recentemente, o Centro de Convenções voltou novamente para o centro dos debates. O vice-governador Daniel Vilela, em reunião com empresários e na presença do prefeito Márcio Corrêa, sinalizou que o estado pode discutir a cessão da estrutura, que sem uso, tem um custo mensal- segundo ele- na casa de R$ 1,5 milhão.
Antes do encontro com empresários, em reunião com vereadores, foi discutida a possibilidade de o espaço abrigar a sede do Legislativo. Na sequência, teve proposta para transferir a rodoviária para lá e onde está a rodoviária, abrigar um projeto comercial.
Mas, o nome já diz: Centro de Convenções. Ele resume a natureza da obra e, certamente, o melhor caminho seria ter esta estrutura servindo ao desenvolvimento econômico, num modelo de gestão que pode ser outro, inclusive, uma parceria público-privada.
Foi um caminho longo para o Centro de Convenções de viabilizar. E, agora, faltando pouco (porque ainda há coisas para se fazer), ele pode reencontrar com seu objetivo, aquele que foi traçado lá atrás.
Ou, se há um projeto melhor que ele seja colocado, mas dentro do compromisso de dar um suporte ao desenvolvimento do município.
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